07/04/2006 - Técnicos
do Instituto Ambiental do Paraná (IAP)
atenderam na noite da última quinta-feira
(06) uma denúncia sobre a presença
de substância perigosa nas águas
do Rio Iguaçu, próximo à
Estação de Tratamento de Água
da Sanepar - situada entre os municípios
de Curitiba e São José dos Pinhais.
A equipe percorreu o rio
e coletou amostras do produto derramado (para
identificar sua origem e composição)
e também da água do rio, abaixo
e acima da estação de captação
da Sanepar. O resultado da análise
será divulgado em 15 dias.
O IAP também orientou
a instalação de barreiras de
contenção para evitar que o
produto se alastrasse. “Ainda não se
sabe a origem do vazamento, mas foi em princípio
descartada a possibilidade de ter sido provocado
pela Sanepar”, disse o secretário do
Meio Ambiente e Recursos Hídricos e
presidente do IAP, Rasca Rodrigues.
As primeiras informações
apontavam para a presença de óleo
combustível, mas a identificação
precisa não foi possível. “Seguindo
o princípio da precaução,
caracterizamos a substância como ‘perigosa’
e orientamos todos os procedimentos como tal”,
informou Rasca Rodrigues.
De acordo com a diretora
de Meio Ambiente da Sanepar, Maria Arlete
Rosa, a presença do produto no Rio
Iguaçu não vai interferir no
abastecimento das cidades. “Mas por precaução
tomamos a iniciativa de conter e retirar o
produto, mesmo sem termos responsabilidade
sobre o vazamento”, esclareceu a diretora.
A empresa irá destinar a substância
recolhida a uma empresa privada, licenciada
para a atividade e constantemente monitorada
pelo IAP.
Depois da conclusão
do laudo que irá apontar origem, composição
e volume de produto derramado, o responsável
será autuado conforme determina a legislação
ambiental. A Sanepar informou que além
da autuação também vai
acionar o responsável e pedir o ressarcimento
dos custos dos trabalhos executados para conter
e retirar o produto.
Durante a tarde desta sexta-feira
(07) os técnicos do IAP permaneciam
de plantão no local monitorando a contenção
e retirada do produto.