Brasília
– Na madrugada de hoje (6), a Polícia
Federal e o Ibama prenderam uma quadrilha
de falsificadores de Autorizações
de Transporte de Produtos Florestais (ATPFs).
Eles atuavam no oeste da Bahia, nas cidades
de Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Conquista
e Juazeiro.
Segundo o Ibama, os documentos
falsos acobertavam o transporte e a produção
ilegal de carvão que iria abastecer
parques siderúrgicos em Minas Gerais.
Sete pessoas foram presas e outras cinco estão
sendo procuradas.
Um dos presos é o
funcionário do Ibama Edílson
Pereira dos Santos e a ex-servidora Edna da
Silva Piau, demitida recentemente do Ministério
do Meio Ambiente (MMA). Os presos serão
transportados para Salvador, onde ficarão
detidos.
Na chamada Operação
Curupira, há cerca de um ano, a Polícia
Federal desmontou uma quadrilha de falsificadores
de ATPFs que atuava há 14 anos no Mato
Grosso. Em outubro do ano passado, a Operação
Ouro Verde prendeu donos de gráficas
e intermediadores de ATPFs.
Para tentar resolver o problema,
o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e
Recursos Naturais Renováveis (Ibama)
anunciou que a partir do dia 1º de junho
a circulação de ATPFs será
substituída pelo Documento de Origem
Florestal (DOF).
No novo sistema, ao invés
das informações sobre a madeira
serem preenchidas manualmente, elas vão
ser substituídas por um sistema eletrônico,
que terá informações
sobre a carga transportada, o volume, a origem
e a rota que irá seguir até
o destino final.
"A gente passa de um
sistema de verificação visual
para um sistema de conferência de informação
da origem dessa madeira", explica o diretor
de florestas do Ibama, Antônio Carlos
Hummel.
O sistema não será
obrigatório já que, com a aprovação
da Lei de Florestas Públicas, o controle
da madeira passou a ser tarefa dos estados.
Mesmo assim o Ibama promete discutir com os
estado como o DOF poderá ser interligado
aos outros sistemas já existentes.
"Hoje nós temos
estados como Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia
e Goiás, que já tem sistemas
próprios de controle. O que a gente
está fazendo agora é criar um
comitê que vai avaliar a implementação
do DOF e vai avaliar os outros sistemas existentes
e aí veremos como vamos integrar os
sistemas", diz Hummel.