13/04/2006 - O objetivo
da vistoria é monitorar a atividade
pesqueira e impedir a captura do camarão
rosa – que está proibida desde 1o de
março
O Instituto Ambiental
do Paraná (IAP) promove até
esta sexta-feira (14), uma blitz de fiscalização
das embarcações que praticam
pesca profissional na costa paranaense. O
objetivo da vistoria, que começou na
última segunda-feira (10), é
monitorar a atividade pesqueira e impedir
a pesca do camarão rosa – que está
proibida desde 1o de março.
De acordo com o secretário do Meio
Ambiente e Recursos Hídricos e presidente
do IAP, Rasca Rodrigues, a fiscalização
tem caráter preventivo e busca coibir
a captura dos crustáceos em seu período
de procriação.
“Além de fiscalizar por mar e por terra,
também estamos realizando sobrevôos
na região para identificar embarcações
que possam estar recolhendo camarão
rosa, cuja pesca está proibida até
o final de maio”, destacou. O quilo do camarão
rosa pode chegar a R$ 30.
Mais de 40 embarcações foram
abordadas em quatro dias de atividade. Destas,
dez foram apreendidas por apresentar irregularidades
na documentação ou mesmo não
possuir licença para a prática.
Quatro barcos eram provenientes de Santa Catarina
e seis do Paraná. O valor mínimo
da autuação é R$ 1,5
mil e a multa pode dobrar em caso de reincidência.
Também foram apreendidas cinco toneladas
de espécies diversas de camarão,
dez redes de arrasto e mais de 20 equipamentos
utilizados para a pesca, como tábuas
que suportam as redes de arrasto. As redes
e tábuas serão incineradas e
o os camarões serão doados para
instituições beneficentes.
“Além de monitorar a pesca profissional
os fiscais do IAP também realizam um
trabalho de conscientização
dos pescadores sobre os danos causados pela
pesca de arrasto de camarões durante
o período de defeso”, disse Rasca Rodrigues.
A blitz está sendo realizada pelo Instituto
em parceria com a Polícia Federal,
Marinha, IBAMA, Força Verde (que integra
as ações dos agentes do IAP
com o Batalhão da Polícia Florestal).
A fiscalização desta semana
partiu da Ilha da Figueira, na divisa com
o estado de São Paulo, em direção
a Ilha dos Currais, no litoral sul do Estado.
Também foi realizado sobrevôo
de Curitiba a Paranaguá para complementar
a fiscalização.
Nesta quinta-feira (13) pescadores realizaram
um protesto no Litoral solicitando menos rigor
na fiscalização. Rasca explicou
que as ações vêm sendo
desenvolvidas conforme a legislação
e que os profissionais que necessitam regularizar
suas documentações devem encaminhar-se
a Secretaria da Pesca (vinculada ao Ministério
do Meio Ambiente), em Paranaguá, para
obter mais informações.
O secretário do Meio Ambiente ainda
destacou que a mobilização dos
pescadores é uma forma de pressão
para intimidar o órgão ambiental.
Investimentos – Para realização
das blitze de fiscalização ambiental
percorrendo a costa paranaense o governo do
Estado já investiu cerca de R$ 500
mil, através do programa Força
Verde, na compra de duas novas embarcações.
Os barcos chamados “flexboat” são próprios
para fiscalização em baías
e em alto-mar, podendo transportar até
22 pessoas.
As embarcações podem atuar durante
a noite e navegar em rios e marés de
baixo calado por serem equipadas com Global
Position System (GPS), e radares.