São Luis (10/04/2006)
- A segunda etapa da expedição
para monitoramento de encalhes de mamíferos
aquáticos no litoral do Maranhão
terminou ontem. O Ibama, através do
Centro Mamíferos Aquáticos (CMA),
pretendeu levantar informações
sobre esses encalhes dos quais se têm
pouco registro no estado.
Na primeira etapa, realizada
entre os dias 11 e 14 de janeiro, a equipe
encontrou seis carcaças de cetáceos,
sendo duas de baleias e quatro de golfinhos.
Houve dificuldades para identificação
das espécies devido o avançado
estado de decomposição dos animais.
Nesta fase, a expedição
percorreu os 120 quilômetros de praia,
situada dentro do Parque Nacional de Lençóis
Maranhenses. “Fizemos este mesmo percurso,
para primeiro fazermos o reconhecimento da
área e definirmos a região em
que os animais serão estudados”, explica
a analista ambiental do Ibama, Carolina Alvite.
O objetivo da expedição,
que contou com o apoio da Fundação
Mamíferos Aquáticos e da Companhia
Vale do Rio Doce, foi levantar informações
inéditas sobre a ocorrência dos
mamíferos aquáticos na região.
Os animais encalhados fornecem dados valiosos
para pesquisa e construção de
estratégias de conservação.
“Vamos realizar um trabalho sistemático
durante o ano de 2006 para criarmos um banco
de dados que dê subsídio às
ações de preservação
do Ibama no Maranhão”, diz Carolina
Alvite.
Uma equipe, formada por
representantes da gerência, do CMA e
por técnicos do Parque Nacional de
Lençóis Maranhenses, vai realizar
todo o estudo dos mamíferos aquáticos
encalhados no estado. Será também
colocada em prática uma campanha educativa
para conscientizar a população
ribeirinha da necessidade de comunicar as
ocorrências de encalhes que aconteçam
na região. “Várias prefeituras,
colônias de pescadores e comunidades
locais serão alvos de uma campanha
de encalhes de mamíferos aquáticos
no Maranhão”, completa a bióloga.