Brasília (10/04/2006)
- Servidores da sede do Ibama participaram
lado a lado com a Polícia Federal das
ações de campo que resultaram
nas prisões dos integrantes da quadrilha
que falsificava e vendia Autorizações
para Transporte de Produtos Florestais (ATPF)
para o trânsito de carvão ilegal
extraído da mata nativa do cerrado
baiano. O auditor Henrique Barros e o analista
ambiental Rodrigo Fontoura acompanharam as
batidas policiais nos municípios de
Barreiras e Bom Jesus da Lapa, onde a ação
foi desencadeada na madrugada da última
quinta-feira. Antes, Henrique havia participado
na construção das auditorias
que levantaram as irregularidades envolvendo
um sevidor e uma ex-servidora do Ibama.
A presença na ação
policial de servidores do Ibama, cujos fiscais
têm poder de polícia, foi importante
para a correta identificação
de documentos de natureza ambiental apreendidos
na residência dos presos, sobre os quais
a PF não tem domínio. Os servidores
do Ibama ajudaram a identificar documentos
impressos e a recolher computadores com registros
eletrônicos.
Às 5h da manhã
do dia em que foi deflagrada a operação,
Henrique e Rodrigo estavam, juntamente com
policiais federais, dentro de viaturas à
paisana, em frente das casas dos suspeitos.
E continuaram com eles quando invadiram, com
mandados de busca e apreensão, as casas
dos acusados. "A relação
foi extremamente respeitosa. Os agentes da
PF nos trataram como colegas e os delegados,
como delegados", contou Rodrigo. Henrique
concorda: "Foi uma parceria construtiva
e proveitosa", acrescentou.
A prisão da
quadrilha foi possível porque o Ibama
decidiu cortar a própria carne. "Percebemos
que havia desvios de conduta e, a partir de
auditorias, identificamos os problemas. Foram
mais de doze meses de investigação
e recolhimento de evidências que possibilitaram
à Polícia Federal comprovar
os crimes", explicou o auditor Henrique.