12/04/2006 - Monitoramento
da Amazônia, previsão do tempo,
observação do buraco na camada
de ozônio são algumas atividades
do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Inpe), órgão do Ministério
da Ciência e Tecnologia, que visam ao
desenvolvimento e bem-estar humanos. Mas a
preocupação com o meio ambiente
não se restringe a fenômenos
externos, ela está dentro dos muros
da Instituição, que é
sediada em São José dos Campos
(SP). Prova disso é a Comissão
Permanente para Produtos Químicos,
criada pelos próprios funcionários
para a eliminação correta dos
resíduos gerados pelo Instituto.
No último dia 5 de
abril, foram retiradas cinco toneladas de
resíduos químicos produzidos,
principalmente, nos laboratórios de
química do Inpe, como os laboratórios
de Integração e Testes (LIT),
de Sensores e Materiais (LAS), e de Plasma
(LAP). Nesse primeiro descarte, a maior parte
dos resíduos veio do Laboratório
de Circuito Impresso, que possuía grande
quantidade de produtos vencidos devido à
redução das atividades de produção
desse laboratório.
A comissão para produtos
químicos é responsável
por três atividades: revisar e atualizar
o manual de produtos químicos do Inpe,
implementar e manter a infra-estrutura do
almoxarifado e elaborar projetos básicos
para contratação de serviços
de descarte de resíduos químicos.
“Enquanto estão armazenados,
esses resíduos podem causar danos à
saúde dos funcionários em um
eventual acidente. No caso de descarte indevido,
a pior conseqüência é a
contaminação da água
dos rios e lençóis freáticos.
Como exemplo, podemos citar o descarte de
óleos: 1 litro de óleo pode
contaminar 1 milhão de litros de água”,
afirma Maria Lucia Brison de Mattos, do LAS/Inpe.
Criada em 12 de julho de
2005, a Comissão Permanente para Produtos
Químicos reúne 14 servidores
do Instituto, entre eles funcionários
que trabalham na área de química
de seus departamentos e, ainda, técnicos,
um engenheiro de segurança e um administrador
de empresas.