12/04/2006 - Rio - A Empresa
de Pesquisa Energética (EPE), vinculada
ao Ministério de Minas e Energia, está
trabalhando na formulação do
novo Inventário Hidrelétrico,
que dará a noção exata
do potencial hidrelétrico a ser explorado
no país para geração
de energia. O último inventário
data de 1960.
A informação
foi dada hoje (12) pelo presidente da EPE,
Maurício Tolmasquim. Segundo ele, os
números disponíveis indicam
que apenas 25% do potencial hidrelétrico
nacional teria sido aproveitado até
agora, sendo que existem dúvidas em
relação à disponibilidade
dos 75% restantes.
"O inventário
é um elemento fundamental, porque ele
define qual é o potencial de usinas
viáveis que você tem para serem
leiloadas no futuro. Então, ele é
uma maneira de se conhecer melhor o potencial",
disse, acrescentando que o documento será
um processo contínuo e permanente.
Os primeiros resultados deverão ser
conhecidos no prazo de um ano e meio a dois
anos.
Segundo Tolmasquim, os objetivos
do trabalho são maximizar a eficiência
econômico-energética e minimizar
os impactos sócio-ambientais dos empreendimentos.
Os novos estudos do inventário serão
acompanhados de avaliação ambiental
integrada.
Os primeiros estudos estão
sendo feitos por empresas privadas de engenharia,
contratadas pela EPE na Amazônia, onde
as usinas representam 0,22% do bioma amazônico
(dá-se o nome de bioma a uma comunidade
biológica, ou seja, a fauna e aflora
e suas interações entre si e
com o ambiente físico: solo, água
e ar).
Na opinião
de Tolmasquim, esse percentual é muito
reduzido. "Essas usinas estão
ocupando muito pouco em relação
ao benefício que podem trazer para
o país", observou, acrescentando
que questões ambientais são
mais difíceis de serem resolvidas naquela
região. A isso se aliam também
as questões econômicas, pois
"como o centro de carga está no
Sudeste, quanto mais longe, mais custoso é".