11/04/2006 - Muitos goianos
e turistas de outros Estados aproveitam o
feriado da Semana Santa para pescar nos rios
e lagos de Goiás. Cientes do aumento
do consumo de peixe neste período do
ano, a maioria dos pescadores também
intensifica seu trabalho durante a Semana
Santa e em busca de uns trocados a mais acabam
desrespeitando a legislação
ambiental.
Para coibir as infrações e a
pesca predatória em rios e lagos goianos
durante o feriado, a Agência Ambiental
iniciou no dia 11 de abril mais uma edição
da Operação Semana Santa. Até
domingo (16), cerca de 50 agentes vão
reforçar a fiscalização
nos cinco postos fixos da Agência Ambiental
instalados em Santa Fé, Rio Tesoura
(entre Nova Crixás e Mozarlândia),
Bandeirantes, Luís Alves e Rio Verdinho
(no pontal sul da Ilha do Bananal).
Equipes volantes também vão
atuar no Rio dos Bois, vários trechos
do Rio Araguaia, Aruanã e nos lagos
de Serra da Mesa, Corumbá, Três
Ranchos e Buriti Alegre. As equipes vão
autuar todos que forem flagrados pescando
sem a licença de pesca ou usando material
predatório, como redes e tarrafas.
Neste caso, o material também será
apreendido.
Quem não respeitar o tamanho mínimo
permitido para a captura de cada espécie
de peixe também será autuado
e terá o pescado apreendido pelos fiscais.
O mesmo vai acontecer com quem estiver transportando
uma quantidade de pescado superior à
permitida por lei.
De acordo com a legislação,
cada pescador pode transportar até
cinco quilos de peixe mais um exemplar de
qualquer espécie. Mas, os pescadores
devem ficar atentos ao tamanho mínimo
permitido para a captura de cada espécie
(esses tamanhos podem ser observados no verso
da licença de pesca) e para a proibição
da pesca de pirarara, pirarucu e filhote –
espécies ameaçadas de extinção.
Na Operação Semana Santa de
2005, a Agência Ambiental apreendeu
850 quilos de peixes, 75 aves, além
de vários materiais predatórios.
Também foram aplicadas 36 multas no
valor total de R$ 363.600,00. Neste ano, devido
às chuvas e as cheias dos rios, o gerente
de Fiscalização da Agência
Ambiental, Renato Veras, acredita que os fiscais
terão menos trabalho no combate à
pesca irregular.
Mas, ele adianta que as equipes também
vão combater outras agressões
ambientais, como o desmatamento e o transporte
clandestino de carvão. Os fiscais ainda
realizarão um trabalho educativo, orientando
ribeirinhos e turistas sobre as normas de
convivência nos acampamentos e de proteção
ao meio ambiente.