Departamento de Águas e Energia Elétrica
- DAEE, Centro de Previsão do Tempo
e Estudos Climáticos - CPTEC, Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE e de
empresas da região. A rede é
a operada por meio de satélites desenvolvidos
pelo INPE, órgão do Ministério
da Ciência e Tecnologia. Os dados gerados
serão processados e distribuídos
pelo CPTEC, vinculado ao INPE, que já
opera uma rede com, aproximadamente, 700 estações
espalhadas por todo o território brasileiro.
A rede em instalação ao longo
do Paraíba do Sul irá permitir,
às empresas e entidades que participam
do projeto, o acesso aos dados em tempo quase
real. Entre a coleta dos dados pelos instrumentos
à beira do rio até a liberação
aos usuários leva-se, em média,
100 minutos. As PCDs são dotadas de
sensores que medirão sete parâmetros
que indicam poluição de natureza
química e orgânica, como o teor
de oxigênio dissolvido, condutividade,
pH, temperatura, salinidade, turbidez das
águas e o nível do rio, que
indica indiretamente a pluviosidade e o volume
das vazões.
As PCDs de Guará e Cruzeiro ainda estão
em fase de validação. Dados
coletados manualmente estão sendo comparados
com os fornecidos via satélite para
os ajustes finais.
As aplicações - O monitoramento
das águas do Rio Paraíba do
Sul deverá oferecer informações
sobre a ocorrência de eventos extremos
de poluição ou de enchentes,
funcionando como um sistema de alerta no caso
de acidentes com cargas perigosas. Outra vantagem
do monitoramento é a coleta noturna
dos dados possibilitando o conhecimento do
comportamento do rio no período em
que a atividade industrial se reduz ou até
detectar lançamentos clandestinos.
A rede do Paraíba do Sul deverá
subsidiar pesquisas coordenadas pelo INPE
na área hidrológica e de meio
ambiente, como a do programa de Monitoramento
Ambiental do Eixo Rio-São Paulo -MARSP,
da Divisão de Clima e Meio Ambiente
do CPTEC, que pode ser consultado no site.
O MARSP reúne uma série de
projetos científicos, baseados em estudos
interdisciplinares sobre a região do
Vale do Paraíba, incluindo as serras,
e Litoral Norte. O programa abrange sistemas
de monitoramento e estimula os avanços
científicos e tecnológicos que
possam contribuir para a solução
de problemas ambientais da região.
Outro interesse do CPTEC na rede do Paraíba
do Sul é a possibilidade de se ampliar,
com o uso dos dados sobre chuva, o conhecimento
das sazonalidades climáticas da região.
Com a ampliação de pontos monitorados
na bacia, integrando dados de qualidade e
quantidade da água, será possível
gerar séries de dados confiáveis,
respaldadas nas séries históricas
da CETESB e do INPE-CPTEC. A expectativa é
de que os dados possam ainda fundamentar o
processo de outorga e cobrança pelo
uso da água; subsidiar o planejamento
e a execução de obras; ordenar
o uso e a ocupação do solo;
e oferecer subsídios a estudos hidrológicos
para projetos e obras hidráulicas e
de abastecimento.