18/04/2006 - O Ministério
do Meio Ambiente está fazendo o mapeamento
das áreas prioritárias para
conservação, uso sustentável
e repartição de benefícios
da biodiversidade na região da Mata
Atlântica. Em julho, o governo vai promover
reuniões regionais no Sul, Sudeste
e Nordeste com ambientalistas, quilombolas,
comunidades indígenas, governos estaduais
e municipais e sociedade civil para identificar
quais áreas deverão receber
mais atenção.
Na última semana, foi realizada em
São Roque, São Paulo, um encontro
com aproximadamente 50 estudiosos da Mata
Atlântica. O objetivo era consolidar
os dados já disponíveis sobre
o bioma. Com base no resultado dessa reunião,
a Secretaria de Biodiversidade e Florestas
está desenvolvendo um mapa para orientar
as discussões das reuniões regionais.
A expectativa é de que até outubro
se tenha o mapeamento definitivo do bioma.
Em 1999 foi feita a identificação
de áreas prioritárias da Mata
Atlântica. Na época, um decreto
determinou que seria necessário uma
revisão desse estudo num prazo de 10
anos. E é essa revisão que o
ministério está desenvolvendo
agora. "Esse mapeamento é qualitativo.
Ele vai dizer onde é preciso conservar
ou recuperar, fazer uso sustentável
ou implantar uma unidade de conservação.
Vai ainda justificar essa definição,
apontando, por exemplo, que espécies
estão ameaçadas numa área
apontada como prioritária para a recuperação
da vegetação nativa", explicou
Wigold Schäffer, coordenador do Núcleo
de Mata Atlântica da Secretaria de Biodiversidade
e Florestas do ministério.