Brasília (20/04/2006)
– Uma delegação composta de
sete membros do Comitê Parlamentar da
África do Sul visitaram o Ibama de
18 a 20 de abril. Na agenda do grupo estava
uma vista ao Parque Nacional da Chapada dos
Veadeiros, ao Laboratório de Produtos
Florestais (LPF), ao Centro Nacional de Prevenção
e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo),
ao Centro de Monitoramento Ambiental (Cemam),
ao Centro de Sensoriamento Remoto (CSR) e
ao Centro Nacional de Estudos, Proteção
e Manejo de Cavernas (Cecav).
O grupo demonstrou grande
interesse pelo sistema de controle e prevenção
de incêndios, bem como pelo treinamento
desenvolvido nas brigadas. Eles questionaram
se é difícil a comunicação
dos fiscais do Ibama com comunidades indígenas,
tendo em vista que na África é
grande o número de dialetos, o que
dificulta a comunicação.
Eles se interessaram em
saber os locais e o período de maior
incidência dos incêndios florestais,
quais as tecnologias usadas e como são
feitas as queimadas para renovação
de pastos, para plantio de cana de açúcar,
entre outros fins, bem como se há grande
uso doméstico do fogo, como a lenha.
O grupo ficou impressionado
com o sistema de monitoramento por satélites
e fez muitas perguntas sobre o funcionamento,
a implementação do sistema.
Muitas falhas foram corrigidas, como, por
exemplo, a existência de pontos de foco
na água. Hoje a precisão é
muito maior, com transmissão das informações
sobre o local e a extensão para as
equipes.
Eles também conheceram
o Cecav, tendo em vista que a África
possui muitas cavernas, exploradas durante
muitos anos pelo turismo sem qualquer controle
governamental. Segundo eles, felizmente no
Brasil não há exploração
de minérios nas cavernas, o que poderia
ter levado à total destruição
desses ecossistemas.
Mais recentemente, o governo
federal decidiu estabelecer um controle rígido
sobre o turismo nesses locais, especialmente
nas cavernas com inscrições
rupestres, limitando os dias de visitação
e os setores internos para evitar inclusive
o desgaste do piso.