20/04/2006 - No último
sábado (15), cerca de 30 mil litros
de água utilizada no processo de produção
da usina vazaram no córrego Canoa,
que deságua no rio Iguaçu; o
vazamento foi contido no mesmo dia e pouca
quantidade do líquido atingiu o rio
No início desta
semana, técnicos do Instituto Ambiental
do Paraná (IAP) estiveram fazendo novas
coletas de água no local do vazamento
ocasionado pela Usina de Xisto da Petrobrás,
em São Mateus do Sul. O procedimento
faz parte das atividades de monitoramento
realizado pelo Instituto em casos de acidentes
ambientais.
No último dia sábado (15), cerca
de 30 mil litros de água utilizada
no processo de produção da usina
vazaram no córrego Canoa, que deságua
no rio Iguaçu. O vazamento foi contido
no mesmo dia e pouca quantidade do líquido
atingiu o rio.
De acordo com o secretário do Meio
Ambiente e Recursos Hídricos e presidente
do IAP, Rasca Rodrigues, as primeiras informações
apontavam a presença de cressol, amônia
e sulfeto na água – substâncias
químicas que, dependendo de fatores
como quantidade e concentração
do produto e também vazão do
rio, podem vir a ser tóxicas aos organismos
aquáticos. “Iremos confirmar as substâncias
com o resultado das análises, para
daí mensurar o dano ambiental causado”,
disse Rasca. O resultado sai em quinze dias.
Durante o final de semana, o IAP auxiliou
na identificação da origem do
vazamento. “Em princípio houve um ‘escape’
de água da chuva acumulada em um tanque
de tratamento de água da usina, que
acabou atingindo o sistema de drenagem pluvial
e por fim alcançou o córrego
Canoa”, disse Rasca.
Os técnicos do Instituto orientaram
a contenção do vazamento e fizeram
coletas de água em três pontos
do rio – abaixo, acima e no local do vazamento.
Não foram encontrados peixes mortos.
Também foi solicitado à Petrobras
que monitorasse a qualidade da água
no córrego e no rio, e encaminhasse
os resultados para o órgão ambiental.