18/04/2006 - Brasília
- Apesar de o país ocupar a sétima
posição no ranking dos plantadores
de florestas e do setor ser responsável
pelo terceiro maior produto na cadeia de exportações
do agronegócio brasileiro (só
perdeu em 2005 para a carne e a soja), os
produtores ainda reclamam da burocracia que
existe no setor.
"A questão da
legislação ambiental ainda é
complicada, porque tem a lei federal, a estadual
e a municipal. Isso precisa ser arrumado,
desburocratizado e facilitado, principalmente
para o pequeno e médio produtores",
afirmou o presidente da Associação
Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas
(Abraf), Carlos Aguiar.
Ele ressaltou que o problema
das invasões de terra em áreas
produtivas também prejudica o setor.
"Isso gera uma certa insegurança,
algumas incertezas e pode afugentar algum
tipo de investimento", disse. Segundo
ele, é preciso que o País se
iguale a outros plantadores de florestas.
"A gente precisa se
igualar aos nossos concorrentes até
da América Latina. O próprio
Chile tem um custo de capital muito menor
que o do Brasil. É preciso que isso
também baixe para que a gente tenha
o nosso nível de competitividade equalizado
com esses países que são os
principais produtores", destacou.
Para discutir a questão,
especialistas participam até amanhã
(19) do Madeira 2006, o 3º Congresso
Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável
para a Indústria de Base Florestal
e de Geração de Energia, em
Brasília. Aspectos como a questão
da energia renovável, da indústria
de celulose e papel, da preservação
do meio ambiente e da sustentabilidade do
setor também serão debatidos.