Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE e
de empresas da região. Segundo Okano,
o monitoramento, com a rede operada por meio
de satélites desenvolvidos pelo INPE,
vai proporcionar “um retrato mais real da
carga de poluição no Rio Paraíba
do Sul”. Destacou ainda que “a parceria entre
os diversos órgãos, públicos
e privados, possibilita a busca de soluções
que levam ao desenvolvimento sustentável
da região ao longo de todo o rio”.
A solenidade de inauguração
da plataforma contou com as presenças
do representante do INPE, Wilson Yamaguchi,
do gerente de Qualidade do Meio Ambiente e
Segurança Corporativa da Femsa, João
Rodrigues, do secretário-executivo
do Comitê de Bacia do Rio Paraíba
do Sul, Edilson de Paula Andrade, e outros.
A rede
A Rede de Plataformas Hidrológicas
vai gerar dados que serão processados
e distribuídos pelo CPTEC, vinculado
ao INPE, que já opera uma rede com,
aproximadamente, 700 estações
espalhadas por todo o território brasileiro.
O sistema vai permitir, às empresas
e entidades que participam do projeto, o acesso
aos dados em tempo quase real. Entre a coleta
dos dados pelos instrumentos à beira
do rio até a liberação
aos usuários leva-se, em média,
100 minutos. As PCDs são dotadas de
sensores que medirão sete parâmetros
que indicam poluição de natureza
química e orgânica, como o teor
de oxigênio dissolvido, condutividade,
pH, temperatura, salinidade, turbidez das
águas e o nível do rio, que
indica indiretamente a pluviosidade e o volume
das vazões.
O monitoramento das águas do Rio Paraíba
do Sul deverá oferecer informações
sobre a ocorrência de eventos extremos
de poluição ou de enchentes,
funcionando como um sistema de alerta no caso
de acidentes com cargas perigosas. Outra vantagem
do monitoramento é a coleta noturna
dos dados possibilitando o conhecimento do
comportamento do rio no período em
que a atividade industrial se reduz ou até
detectar lançamentos clandestinos.
A rede do Paraíba do Sul deverá
subsidiar pesquisas coordenadas pelo INPE
na área hidrológica e de meio
ambiente, como a do programa de Monitoramento
Ambiental do Eixo Rio-São Paulo -MARSP,
da Divisão de Clima e Meio Ambiente
do CPTEC, que pode ser consultado no site
www.cptec.inpe.br/marsp.
O MARSP reúne uma série de
projetos científicos, baseados em estudos
interdisciplinares sobre a região do
Vale do Paraíba, incluindo as serras,
e Litoral Norte. O programa abrange sistemas
de monitoramento e estimula os avanços
científicos e tecnológicos que
possam contribuir para a solução
de problemas ambientais da região.
Outro interesse do CPTEC na rede do Paraíba
do Sul é a possibilidade de se ampliar,
com o uso dos dados sobre chuva, o conhecimento
das sazonalidades climáticas da região.
Com a ampliação de pontos monitorados
na bacia, integrando dados de qualidade e
quantidade da água, será possível
gerar séries de dados confiáveis,
respaldadas nas séries históricas
da CETESB e do INPE-CPTEC. A expectativa é
de que os dados possam ainda fundamentar o
processo de outorga e cobrança pelo
uso da água; subsidiar o planejamento
e a execução de obras; ordenar
o uso e a ocupação do solo;
e oferecer subsídios a estudos hidrológicos
para projetos e obras hidráulicas e
de abastecimento.