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SEMINÁRIO EM NOVA XAVANTINA (MT) REÚNE TÉCNICOS PARA TRAÇAR ESTRATÉGIAS DE RECUPERAÇÃO DO XINGU

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Abril de 2006

17/04/2006 - O evento pretende estabelecer metodologias, indicadores e parâmetros técnicos de restauração florestal adequados à realidade da Bacia do rio Xingu no Mato Grosso e faz parte da campanha ‘Y Ikatu Xingu. Lideranças comunitárias, técnicos de prefeituras, agricultores familiares, assentados, professores e estudantes do leste da Bacia participaram, no início do mês, da segunda oficina do projeto Formação de Agentes Multiplicadores Socioambientais na Bacia do Xingu, outra das iniciativas que fazem parte da mobilização.

Entre os dias 25 e 27 de abril, em Nova Xavantina (MT), a cerca de 650 quilômetros de Cuiabá, acontece o seminário Parâmetros Técnicos para Restauração de Matas Ciliares nas Cabeceiras do Rio Xingu. O evento pretende estabelecer metodologias, indicadores e parâmetros técnicos de restauração florestal adequados à realidade da Bacia do rio Xingu e faz parte da campanha ‘Y Ikatu Xingu, que tem o objetivo de proteger e recuperar as nascentes e as matas ciliares do Xingu no Mato Grosso. O seminário será realizado no auditório do campus da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) em Nova Xavantina, será aberto à comunidade na parte da manhã (das 8h às 12h) e deverá contar com a participação de cerca de 50 pessoas, entre pesquisadores, técnicos e estudantes.
A intenção da Unemat e do Instituto Socioambiental (ISA), responsáveis pela organização da iniciativa, é também formar uma rede de intercâmbio entre os profissionais de restauração florestal da região e de outros lugares do País. Durante o evento, serão apresentados e identificados os principais tipos de vegetação que ocorrem nas matas ciliares (que margeiam e protegem os cursos de água) e de degradação que elas sofrem na Bacia do Xingu no Mato Grosso.

“A partir daí, poderemos apontar o potencial de regeneração florestal em vários lugares diferentes e definir as estratégias mais adequadas a cada situação”, explica Eduardo Malta Campos Filho, analista socioambiental do ISA e um dos organizadores do evento. Ele explica que não é possível estabelecer uma mesma linha de ação para a recuperação das matas ciliares em uma região tão grande quanto à bacia do Xingu porque nela existem muitos tipos de vegetação e de atividades econômicas diferentes. Campos lembra que os impactos nas matas de beira de rio causados pelo cultivo da soja ou pelo pasto, por exemplo, são diferenciados e sua restauração depende também do tipo de cobertura vegetal (cerrado, brejo, vereda etc) que foi alterada por essas atividades. “Queremos propor ações que sejam baratas e eficientes para que possam ser executadas efetivamente pelos vários atores envolvidos com o tema, entre eles fazendeiros, agricultores familiares e governo,” conta. Segundo o biólogo, essas ações vão desde o isolamento de algumas áreas, passando pela contenção de erosões e indo até o plantio de mudas nativas.

O rio Xingu no Estado do Mato Grosso tem seu leito principal protegido pelo Parque Indígena do Xingu, mas a maior parte de suas cabeceiras está fora dos limites da área. Por causa dos desmatamentos e das queimadas, várias de suas nascentes já secaram. Além disso, também têm sido identificados na região o assoreamento de vários rios, indícios de contaminação do solo e da água e perda de diversidade biológica.

De 29 de março a 1º de abril, foi a vez de Canarana (MT) sediar outra iniciativa da campanha `Y Ikatu Xingu: o segundo módulo do projeto Formação de Agentes Multiplicadores Socioambientais na Bacia do Xingu, parceria entre a prefeitura de Canarana, o ISA e a Unemat com o apoio financeiro do Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA). O curso tem duração de um ano e pretende apoiar e estimular iniciativas socioambientais e a cultura agroflorestal no Cerrado na Bacia do rio Xingu no Mato Grosso. Participam técnicos, estudantes, agricultores familiares, assentados, representantes de prefeituras e lideranças comunitárias, entre outros, de seis municípios da porção leste da Bacia (Querência, Canarana, Água Boa, Nova Xavantina, Gaúcha do Norte e Ribeiráo Cascalheira).

Nesta etapa, os 45 participantes trocaram experiências e informações sobre o que foi feito entre a primeira e a segunda oficina; trabalharam habilidades sociais, essenciais para a formação do agente socioambiental como liderança; e implantaram dois módulos experimentais: um sistema agroflorestal produtivo e a restauração florestal de uma nascente do município de Canarana. Também foi discutido o tema do crédito rural com foco nas linhas disponíveis para a agricultura familiar, como aquelas do Programa Nacional de Agricultura Familiar Florestal (Pronaf Florestal). Ao final da oficina, os formandos revisaram as iniciativas que se dispuseram a realizar no intuito de replanejá-las e potencializá-las até o terceiro módulo, que ocorre em agosto. Na primeira oficina, realizada em dezembro do ano passado, eles comprometeram-se a implantar ações socioambientais práticas em seus municípios de origem.

“Os próprios participantes do processo formativo estão constituindo uma rede de colaboradores, que está trocando idéias e disponibilizando habilidades e capacidades. Cada momento formativo encoraja e fornece subsídios para aprimorar suas ações”, explica Rodrigo Junqueira, coordenador do projeto e analista socioambiental ISA.

 
 

Fonte: ISA – Instituto Socioambiental (www.isa.org.br)
Assessoria de imprensa (Oswaldo Braga de Souza)

 
 
 
 
 
 

 

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