17.04.2006 – Salvador -
A capital baiana recebeu o Greenpeace de braços
abertos na última semana. Em apenas
dois dias (sábado e domingo), cerca
de 5,5 mil pessoas visitaram a exposição
de fotos sobre a Amazônia e o navio
Arctic Sunrise no antigo Armazém 1,
no porto de Salvador. “Por ser o fim de semana
da Páscoa, esperávamos menos
da metade dessa quantidade de visitantes.
Felizmente, fomos surpreendidos”, comemora
Rebeca Lerer, uma das coordenadoras da expedição
do Greenpeace, que está levando para
a população da costa brasileira
um pouco da realidade da Amazônia. O
navio já passou por Porto Alegre, Santos
e, após Salvador, segue para Recife
e Fortaleza.
Entre os visitantes, muitas
crianças foram conferir de perto o
trabalho da organização. “É
preciso despertar a consciência da preservação
do planeta desde criança”, disse Nadir
Santos, que acompanhou a visita ao navio de
um grupo de mais de 100 crianças do
Centro Espírita Caminho da Redenção.
“Conhecer o barco do Greenpeace ajuda a despertar
essa consciência ambiental de uma forma
totalmente interativa. Essas crianças
nunca vão esquecer o navio”, completou.
VOLUNTÁRIOS
O recorde em Salvador não foi só
de visitantes ao navio. Foi a cidade que contou
com o maior número de voluntários.
Durante a semana que o Greenpeace esteve na
capital baiana, cerca de 60 pessoas dedicaram
parte do seu tempo para ajudar a organização
desde a divulgação de eventos
até o atendimento às pessoas
durante a visitação no fim de
semana. “Realmente foi inesperada essa quantidade
de pessoas dispostas a trabalhar voluntariamente
nas mais diversas funções. Isso
mostra que o interesse delas vai além
da organização. Mostra um crescimento
da preocupação com o meio ambiente
e a vontade de fazer algo para mudar o mundo”,
comentou Emílio Pompeu, coordenador
dos grupos de voluntários em todo o
Brasil.
Gilmar Magalhães
Lima, voluntário do Greenpeace em Salvador
há dois anos, concorda que o crescimento
da conscientização ambiental
é uma das principais causas da grande
participação do público
e dos voluntários na expedição
pela costa brasileira. “A população,
de uma forma geral, tem pouco acesso a informações
sobre meio ambiente. Com essa expedição,
o Greenpeace ajudou a minimizar esse problema
porque trouxe a Salvador e a outras cidades
muita informação sobre a Amazônia,
o desmatamento e mostrou que cada um pode
fazer a sua parte”, afirmou.