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EVENTO DA ASEC ENFOCA ETAPA DE EXECUÇÃO NA GESTÃO DA QUALIDADE AMBIENTAL

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Abril de 2006

28/04/2006 - A “etapa de execução” na gestão da qualidade ambiental foi o foco das apresentações, hoje (27/04), no segundo dia de realização do 7º Encontro Técnico e Feira Ambiental, da Associação dos Engenheiros da CETESB - ASEC, no Anfiteatro Augusto Ruschi, na sede da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental - CETESB e Secretaria de Estado do Meio Ambiente - SMA, em São Paulo. O tema geral do evento, que termina amanhã, é a gestão da qualidade ambiental.

Neste dia 27, pela manhã, o tema abordado foi “As ações do Governo como Promotor e Iniciativas Voluntárias”. Entre outras exposições, a engenheira química Valéria Michel, especialista de meio ambiente da Tetra Pak, falou sobre o ciclo de vida das embalagens cartonadas “Longa Vida”, destacando a gestão das embalagens pós-consumo.

Pensando na problemática representada pelo objetivo de manter o crescimento de venda das embalagens aliada à preocupação ambiental, a Tetra Pak estimulou o estabelecimento de mercados recicladores de fibra de papel, alumínio e plástico - que compõem as embalagens cartonadas - , que resultou na abertura de vários empreendimentos, além da fabricação de inúmeros produtos reciclados, em todo o país. Entre outros exemplos, ela mostrou uma vassoura, cuja base e cerdas são recicladas, sendo que a base é feita com plástico e alumínio da reciclagem das embalagens Longa Vida. De acordo com Valéria, atualmente 23% das embalagens produzidas pelas fábricas da Tetra Pak, após o uso, são recicladas. Ela lembrou, ainda, que o programa “Cultura Ambiental em Escolas”, promovido pela empresa há 7 anos, já envolveu 5 milhões de estudantes e 35 mil escolas.

Outra apresentação foi feita pela superintendente de produtos sócio-ambientais da ABN Amro Real, Linda Murasawa, responsável pela efetivação prática dos conceitos de sustentabilidade nos negócios da organização. Segundo ela, as empresas que conseguirão sobreviver a médio e longo prazo são as que têm consciência e ação concreta em prol do meio ambiente. As outras, cada vez mais, serão consideradas “de altíssimo risco”. Para Linda, a instituição bancária, assim como os investidores externos estão convencidos de que o maior negócio é o que envolve a mitigação de riscos, por meio da adoção de projetos sócio-ambientais. De acordo com a especialista, no âmbito da política de crédito sócio-ambiental, pequenas e médias empresas podem obter financiamento junto ao banco de até 100%, com prazo de até 36 meses, taxa de 2,25%, carência de três meses e tarifa de abertura de crédito de apenas R$ 50,00, quando no mercado, segundo Linda, se oferece prazo bem menor, de até 12 meses, taxa mínima de 4,5%, prazo de carência bem menor e tarifa de abertura de crédito girando entre 2% a 5% do valor do empréstimo.

Outras apresentações da manhã foram do coordenador da Unidade de Produção Mais Limpa da Secretaria de Qualidade Ambiental nos Assentamentos Humanos, do Ministério do Meio Ambiente, Hélio Mauro Lôbo, que falou sobre a formação da Rede Brasileira de Produção Mais Limpa; do ex-coordenador geral e responsável do Centro de Estudos em Sustentabilidade - CES, da Fundação Getúlio Vargas - FGV de São Paulo, Rubens Mazon, que expôs sobre a Índice de Sustentabilidade Empresarial da BOVESPA, um índice de ações que serve como referência para os “investimentos socialmente responsáveis”.

À tarde, foram abordados temas como as "Ações do Governo como regulador", com apresentação de Arunho Savastano Neto, assistente executivo da Diretoria de Controle da Poluição Ambiental da CETESB; "Licenciamento Ambiental e Fiscalização no Estado de São Paulo", apresentado pelo engenheiro Marcelo Minelli e por Marcos Antonio Mattiusso Marques, assessor do Departamento de Avaliação de Impacto e Licenciamento Ambiental da SMA.

Na sequência, o engenheiro Alfredo Rocca, falou sobre "Gestão de Passivos Ambientais", abordando a problemática das áreas contaminadas no Estado, o enfoque multidiciplinar e a maneira integrada de abordar o problema para possibilitar a recuperação ou o uso condizente com o nível de risco representado por essas áreas.

A "Atuação do Ministério Público", com a apresentação das funções constitucionais, a abordagem ambiental, as formas de atuação administrativa e judiciais,seus objetivos, ação civil pública e prova pericial, fizeram parte da apresentação da promotora de Justiça do Ministério Público, Thelma Thais Cavarzere, para quem a prioridade dos órgãos ambientais deve ser a fiscalização e não o licenciamento, assumindo postura oposta dos especialistas em meio ambiente, que consideram esgotado o modelo de comando e controle e apostam nas ações preventivas para garantir qualidade ambiental e abrir espaço para o desenvolvimento sustentável.

Essa contradição se evidenciou na apresentação do representante do CRA - Centro de Recursos Ambientais do Estado da Bahia, Ney Meron, que falou sobre o licenciamento ambiental e apresentou algumas particularidades da legislação de seu estado, que objetivam agilizar o licenciamento e reduzir a margem para irregularidades, através de procedimentos e normas minuciosas. Entre os mecanismos utilizados está o Termo de Responsabilidade, no qual o empreendedor se declara consciente das cláusulas e condições impostas no licenciamento, assume conhecimento das disposições legais e da responsabilidade civil a que está sujeito. Na legislação baiana estão previstos também diferentes estágios de licenciamento, que incluem a audiência prévia, para subsidiar o termo de referência; a Licença de Localização, através da qual é possível definir a necessidade do EIA/RIMA e a Licença de Alteração, para os processos de ampliação ou reforma dos empreendimentos já em operação.
Lembrando que mesmo com todo o investimento em formação técnica e melhoria dos processos, os órgãos licenciadores vem perdendo mão de obra qualificada em razão dos baixos salários e falta de estímulo, por estarem sempre sujeitos a julgamentos equivocados, com o Ministério Público acusando facilidades, o empreendedor reclamando das dificuldades e as ONGs desconfiando de conivência.

A modernização dos procedimentos também foram abordadas por João Fuzaro, atual diretor de Controle da CETESB, que fez um breve histórico da criação do SIGAM - Sistema Integrado de Gestão Ambiental, da Secretaria do Meio Ambiente, que deu unidade aos processos de licenciamento nos diferentes órgãos da SMA. Alimentado por todas as informações dos processos em andamento,o sistema permite o acompanhamento das ações, assim como a emissão de licenças e a atualização constante dos dados, além de concentrar informações georeferenciadas dos empreendimentos, que podem ser acessadas pelo site e intranet.

O segundo dia do evento promovido pela ASEC foi encerrado com a apresentação sobre Normalização Técnica na CETESB, feita pela engenheira Elza Y. O. Bastian, da assessoria técnica da Presidência. Na sua exposição, Elza abordou a atribuição legal, metodologia e a contribuição da CETESB para a laboração de normas da ABNT e Mercosul.

 
 

Fonte:Cetesb – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo (www.cetesb.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 
 
 

 

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