Estima-se que entre 60% e 80% de toda madeira
amazônica tenham origem ilegal e 64%
da produção destinam-se ao mercado
consumidor brasileiro. As prefeituras utilizam
grandes volumes de madeira em obras como escolas
e postos de saúde. "Consumir madeira
de origem ilegal é inaceitável.
O dinheiro público não pode
financiar a destruição criminosa
da Amazônia", completa Adriana
Imparato.
Diversas autoridades e ONGs participaram
da solenidade no navio. Entre elas ASPAN,
AMANE, Centro de Cultura Luiz Freire e EKOS.
Todos formalizaram apoio à campanha
pela criação de uma rede de
áreas protegidas como parques e reservas
na para conter o desmatamento da floresta
amazônica.
O navio do Greenpeace está em expedição
pelo litoral brasileiro promovendo propostas
de proteção à floresta
como a implementação de uma
rede de áreas protegidas e de uso sustentável
e o consumo responsável de produtos
florestais. A idéia da expedição
é levar a realidade de regiões
remotas da Amazônia para grandes centros
urbanos do litoral brasileiro. Ao longo de
27 dias, o navio já visitou quatro
cidades - Porto Alegre (RS), Santos (SP),
Salvador (BA) e Recife (PE) e deve atracar
no final desta semana em Fortaleza (CE).
Em Recife, o navio do Greenpeace esteve aberto
à população no final
de semana e recebeu cerca de 6 mil pessoas,
atual recorde de público da expedição.
Nas quatro cidades já visitadas, mais
de 20 mil pessoas já conheceram as
instalações do barco e a exposição
de 72 fotos que retrata as belezas, ameaças
e o trabalho do Greenpeace na região
amazônica.
Nos últimos quatro anos, mais de 70
mil km2 de floresta amazônica foram
destruídos pela exploração
criminosa de madeira e pelo avanço
descontrolado da fronteira agropecuária.
Em todo o mundo, o Greenpeace trabalha pela
criação de uma rede de áreas
protegidas para salvar os últimos remanescentes
florestais do planeta. "Acreditamos que
só a mobilização da sociedade
e a ação de todos os níveis
de governo podem reverter a tendência
de destruição da floresta. A
Amazônia tem pressa", conclui Adriana
Imparato.