23/04/2006
- Brasília - A sementes de gonçalo-alves,
um arbusto do cerrado, germinaram mais rápido
no espaço do que as que brotaram aqui
na Terra. A conclusão é da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa), mas a experiência não
terminou, segundo a pesquisadora Antonieta
Salomão. Ainda é preciso verificar
muitas outras possíveis mudanças
nos brotos, além da rapidez da germinação,
porque o objetivo é descobrir formas
mais eficientes de conservar as plantas tropicais.
Nessa experiência,
na verdade, está em estudo todo um
conjunto de plantas, que são as espécies
tropicais, representados pelo gonçalo-alves.
A Embrapa espera poder trabalhar
novamente com experimentos no espaço.
Um desses experimentos é a tentativa
de produzir substâncias úteis
dentro de células de animais e de plantas.
Outra experiência
que ainda está sendo feita é
a do pé-de-feijão, criada por
alunos de primeiro grau de São José
dos Campos (SP). A coordenadora dos experimentos,
Elisa Saeta, disse que os meninos plantaram
as sementes que brotaram no espaço.
Também plantaram
sementes que tinham brotado aqui na Terra,
enquanto o astronauta Marcos César
Pontes estava em órbita. Elisa acha
que daqui a duas semanas já vai dar
para comparar os dois feijões.
Na capital paulista, o pesquisador
Alessandro La Neve, da Faculdade de Engenharia
Industrial, também está entrando
na etapa da comparação. La Neve
estuda as reações de algumas
substâncias muito importantes para o
organismo, chamadas enzimas.
Marcos Pontes trouxe os
dados e agora o pesquisador vai refazer as
reações em laboratório.
Depois, vai comparar os dois resultados. La
Neve disse acreditar que a experiência
estará concluída daqui a um
mês.