Salvador (02/05/2006)
- Nem a chuva torrencial que insistiu em cair
na grande parte da manhã de sexta-feira
(28) sobre a Ilha de Itaparica, conseguiu
impedir a realização da solenidade
de inauguração do Posto de Operações
da Companhia de Polícia de Proteção
Ambiental (Coppa) no município.
Realizada ao ar livre, com
direito a banda de música e desfile
de diversas companhias da PM - a exemplo da
Polícia de Choque, a solenidade contou
com a presença de autoridades civis
e militares, como o superintendente do Ibama
na Bahia, Julio Rocha, do prefeito de Itaparica,
Cláudio Neves, do Coronel Muller, representante
do Comando Geral da Polícia Militar
e do comandante da Coppa, Tenente Coronel
Natividade. O prédio, que a partir
de hoje passa a ser ocupado pela guarnição
da Coppa, funcionava até pouco tempo
como posto avançado do Ibama na Ilha
de Itaparica, implantado em 1994.
A transferência dessas
instalações para a Companhia
de Polícia Ambiental possibilitou,
segundo o superintendente Julio Rocha, o fortalecimento
e a “interiorização” das atividades
da Coppa no estado, “pois este posto é
o primeiro núcleo operacional dessa
unidade militar ambiental fora da capital”.
Por sua vez, ele ressaltou que as atividades
logísticas do Ibama para o combate
à pesca com bomba serão centralizadas
no Escritório Regional de Santo Antonio
de Jesus e no Núcleo de Ituberá.
A ocupação
das instalações de Itaparica
pela Coppa é resultado de entendimentos
feitos com o Ibama através da realização
da operação Carapeba, projeto
que reúne representações
de várias instituições:
Exército, Ibama, CRA, Codeba, Petrobrás,
Polícia Federal, entre outras, em torno
do plano integrado de combate à pesca
predatória com utilização
de explosivos, popularmente conhecida como
pesca com bomba, na Ilha de Itaparica, adjacências
e na Baía do Iguape.
Iniciada em meados de dezembro
passado, a operação Carapeba
já surtiu efeitos favoráveis
no combate à pesca com explosivos nas
várias localidades da Ilha de Itaparica
e no Recônvaco Baiano. Pelo menos cinco
infratores já foram presos desde que
se intensificou o trabalho de fiscalização
conjunto entre os órgãos envolvidos
na operação. O último
deles, um bombista conhecido na Ilha de Itaparica
pela alcunha de fifiu, apresenta uma particularidade:
não possui mais as duas mãos,
perdidas em ações com explosivos
ao praticar a pesca predatória.