10/05/2006
- Estudo encomendado pelo Instituto Ambiental
do Paraná (IAP) confirma que o litoral
do Paraná tem todas as condições
para a prática da pesca esportiva.
O relatório foi apresentado ao secretário
do Meio Ambiente e Recursos Hídricos,
Rasca Rodrigues, nesta segunda-feira (08),
pelo consultor Roald Andretta. “Elaborar um
diagnóstico de uma região é
a melhor forma de estabelecer vocações
e critérios para sua exploração,
além de ser pré-requisito para
uma prática correta e para geração
do menor impacto negativo no meio”, disse
Rasca.
O estudo foi elaborado durante
as oficinas do Projeto Pesque Vida, desenvolvido
pelo Instituto Ambiental do Paraná,
que tem como objetivo capacitar os pescadores
ribeirinhos para atuarem como guias de pesca,
gerando fonte alternativa de renda e benefícios
sociais à comunidade. “A carência
das comunidades envolvidas fatalmente leva
à busca por meios mais próximos
de sobrevivência e essas necessidades
acabam sendo supridas por um extrativismo
desregrado”, explicou o secretário.
Uma das espécies
mais cobiçadas pelos pescadores esportivos
é o robalo – que, segundo o diagnóstico,
ocorre em abundância na região.
“Além dele, pescadas, garoupas, badejos
e inúmeras outras espécies compõem
imenso potencial para estimular o turismo
da pesca na região, o principal objetivo
do projeto Pesque Vida”, completou o secretário
O diagnóstico foi
elaborado pelo consultor de pesca esportiva
Roald Andretta, que, entre outras atividades,
atua junto ao Programa Nacional de Desenvolvimento
da Pesca Amadora, do Ministério do
Meio Ambiente.
De acordo com o consultor,
o potencial é maior do que se imagina.
“Aqui no Paraná os pescadores esportivos
têm oportunidade de freqüentar
águas tão ricas como Everglades
(na Flórida, Estados Unidos) tida como
a Meca do pescador esportivo mundial”, afirmou
Roald.
Ainda segundo o consultor,
o litoral paranaense pode ser considerado
a melhor região brasileira para pesca
em águas estuarinas. “O Litoral paranaense
e a baía de Paranaguá estão
entre os cinco maiores complexos de reprodução
de espécies marinhas do mundo”, completou
o consultor.
Oficinas - Desde dezembro
do ano passado, mais de 120 pescadores dos
municípios de Morretes, Guaraqueçaba,
Antonina, Pontal do Paraná e Paranaguá
foram capacitados. Nos próximos meses,
a oficina será realizada em Matinhos
e Guaratuba, juntamente com a elaboração
do diagnóstico da região.
O treinamento oferece aulas
de Biologia, Ecologia, noções
básicas de inglês, aulas práticas
de pesca com molinete e carretilha, uso de
iscas artificiais, comportamento, vestimenta
adequada para recepção do turista/cliente,
entre outros temas.