09/05/2006
- Cenários e perspectivas para os biocombustíveis.
Este é o tema da palestra que o ministro
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
Roberto Rodrigues, fará amanhã
(10/05), a partir das 11h30, durante o I Encontro
Interamericano de Biocombustíveis,
no Crowne Plaza, em São Paulo. Os ministros
de Agricultura de 34 países membros
do Instituto Interamericano de Cooperação
para a Agricultura (IICA) e especialistas
no assunto foram convidados para participar
do evento.
Em sua exposição,
o ministro vai apresentar o potencial brasileiro
para a geração de biocombustíveis
– combustíveis renováveis e
não poluentes. Maior produtor mundial
de álcool combustível do mundo,
o país também tem uma grande
diversidade de fontes para produção
de biodiesel, como soja, girassol, mamona,
dendê e babaçu. Isso tem despertado
a atenção de outros países
e grupos privados interessados em investir
na geração de etanol e biocombustíveis.
“Hoje, o país tem
seis milhões de hectares de cana-de-açúcar,
mas pode plantar mais 20 milhões. A
área plantada de soja, que é
de 22 milhões de hectares, pode aumentar
mais 20 ou 30 milhões de hectares”,
diz Rodrigues. “Nenhum outro país tem
extensão de terra, clima privilegiado
e tecnologia, como a gerada pela Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária (Embrapa),
para fazer a grande mudança estrutural
de energia do planeta.”
O Brasil, enfatiza o ministro,
não pode perder a oportunidade histórica
de se transformar na principal plataforma
de energia renovável do mundo. Para
tanto, o governo federal estabelecerá
parceria público-privada para investir
pesado em pesquisas voltadas ao setor agroenergético.
Após criar em Piracicaba (SP) o Pólo
de Biocombustíveis, em conjunto com
a Escola Superior de Agricultura “Luiz de
Queiroz” (Esalq), o Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento anunciou recentemente
a instalação do Centro de Agroenergia
da Embrapa.
“O governo federal vai
investir R$ 10 milhões na instalação
do centro de alta tecnologia da Embrapa”,
informou Rodrigues. Essa unidade da estatal
será rodeada por um consórcio
formado pela própria Embrapa, Ministério
do Meio Ambiente, Ministério do Desenvolvimento
Agrário, Ministério da Ciência
e Tecnologia, Itaipu Binacional, Banco de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
e Banco do Brasil, além de universidades
e empresas do setor privado.
De acordo com o ministro,
o Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID) também está interessado
em fazer investimentos no Brasil para incentivar
o desenvolvimento de pesquisas em biocombustíveis.