19/05/2006
- Manaus - Em 1999, o Ministério Público
Federal entrou com uma ação
para exigir que a Companhia Docas do Pará
(CDP) fizesse os estudos de impacto ambiental
antes de abrir o processo de licitação
para a construção de novos terminais
no porto de Santarém. A CDP contestou
o pedido e conseguiu uma liminar para licitar
as áreas de instalação
do terminal graneleiro, sem fazer os estudos.
A construção
do terminal sem estudos de impacto ambiental
é a causa do protesto que está
sendo feito hoje (19) em Santarém pela
organização não-governamental
ambientalista Greenpeace. Desde as 8h30, o
navio Arctic Sunrise, do Greenpeace, bloqueia
o terminal graneleiro construído pela
multinacional norte-americana Cargill. Os
ativistas protestam também contra o
avanço da cultura da soja na Amazônia.
Em novembro de 2003, quando
as instalações da Cargill em
Santarém já estavam em operação,
a liminar utilizada como base legal para a
construção do terminal foi suspensa
pela Justiça. As operações
da empresa no local foram paralisadas e recomeçou
a batalha judicial. No início de 2004,
a multinacional conseguiu nova liminar para
voltar a funcionar. Em fevereiro deste ano,
a empresa foi condenada pelo Tribunal Regional
Federal a realizar os estudos de impacto ambiental.
A Radiobrás entrou
em contato com o escritório da Cargill
em Santarém, mas a pessoa que atendeu
a ligação informou que a empresa
não está se pronunciando sobre
as denúncias nem sobre o conflito com
o Greenpeace.