19/05/2006 - O Instituto
Astronômico, Geofísico e de Ciências
Atmosféricas - IAG, da Universidade
de São Paulo - USP, está realizando
com o apoio da CETESB - Companhia de Tecnologia
de Saneamento Ambiental um experimento com
balões meteorológicos para aprofundar
os conhecimentos sobre o perfil e o comportamento
do ozônio na atmosfera.
O estudo, coordenado pela
professora Maria de Fátima Andrade,
do IAG, conta com a participação
de técnicos do Departamento de Tecnologia
do Ar, da CETESB, e apoio financeiro da Fundação
de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo - FAPESP.
Para a realização
do trabalho, foram lançados dez balões,
uma a cada seis horas. O primeiro artefato
foi lançado no dia 15 de maio, às
15 horas, e o último no dia 18, às
9 horas, nas instalações do
próprio IAG, na Cidade Universitária.
Segundo Carlos Ibsen Vianna Lacava, gerente
do Setor de Interpretação de
Dados, o objetivo do estudo é efetuar
a medição da concentração
de ozônio em diversos níveis
na atmosfera e desenvolver um modelo matemático
que traduza o processo de formação
e de movimentação desse poluente
na Região Metropolitana de São
Paulo.
Com essa finalidade, cada
balão carrega uma pequena caixa de
isopor com duas sondas, pesando cerca de 200
g cada, uma para medir o ozônio e a
outra para medir parâmetros meteorológicos
como temperatura e umidade. O lançamento
das sondas e a operação dos
equipamentos em terra para recepção
dos dados, via satélite, foram realizados
por técnicos do Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais - INPE, de São
José dos Campos, que também
efetuou a coleta de dados sobre dióxido
de enxofre, óxidos de nitrogênio,
ozônio e radiação ultravioleta
integrados na coluna atmosférica.
A CETESB realizou a medição
da concentração de ozônio
ao nível do solo e o Instituto de Pesquisas
Tecnológicas - IPT a de aerossóis
na atmosfera, por meio de um radar a laser.
“Os balões são
capazes de atingir até 30 km de altura
e, devido à redução da
pressão atmosférica, ocorre
a expansão do gás e o rompimento
desses artefatos”, explica Lacava. As sondas
que caem, geralmente, em áreas rurais,
são identificadas com o nome da instituição
responsável pela pesquisa e telefone
para que quem as encontrar possa fazer contato.