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ÍNDIOS DO NORDESTE RECEBEM INCENTIVOS PARA RESGATE CULTURAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2006

18 de maio - A língua materna hoje é o português. Os costumes e as tradições também já foram perdidos há algum tempo. Pequenas vilas coloniais se transformaram em aldeias e, atualmente, abrigam alguns povos indígenas do Nordeste que tentam, aos poucos, revitalizar a memória cultural de suas comunidades. Esse é o caso de três aldeias no interior da Bahia, Mirandela, Araçá e Massacará, onde moram índios Kiriri e Kaimbé. Desde meados da década de 11000 - depois da reconquista de seu território tradicional - eles iniciaram uma caminhada para resgatar danças, vestes e demais costumes.

Esta semana, a iniciativa ganhou força com a inauguração das Casas de Cultura nessas três aldeias. As construções fazem parte de um projeto desenvolvido pela Coordenação Geral de Artesanato (CGART) da Funai e visam resgatar a identidade cultural de povos indígenas e gerar uma forma de renda, garantindo a sustentabilidade dessas comunidades. Ao todo serão 23 casas espalhadas pelo Brasil. A idéia é que até agosto deste ano todas sejam concluídas e entregues às comunidades.
O presidente da Funai, Mércio Pereira Gomes, acredita que as Casas de Cultura serão um espaço de diálogo e construção de um caminho para que estes povos consigam recuperar sua arte, seus costumes e suas tradições. “Eu fico feliz quando vejo um povo sofrido que olha para o futuro. Esse espaço é a prova disso. É a prova da tentativa de manutenção e resgate dessa cultura. É o reconhecimento da busca da auto-estima de um povo.

Esses espaços servirão para ajudar vocês a pensarem na beleza daquilo que vocês fazem e mostrar ao mundo a beleza da arte indígena brasileira”, disse Mércio durante a inauguração das casas na Bahia. “Esse espaço é o que vai dar condições de vocês trabalharem sua auto-estima e economia para também melhorar suas condições de vida”, acrescentou.

Para as comunidades, a construção desses espaços foi um momento histórico, pois mostrou a preocupação do Estado com o futuro das populações indígenas do nordeste. “Esse dia é um marco. Não acreditávamos que o presidente da Funai estaria aqui com a gente, mas ele está. Mostrando que luta pelos nossos direitos e que se preocupa com o nosso povo. É difícil brigar pelos povos indígenas e ele mostrou que não se rendeu a essas dificuldades”, afirmou Manoel Kiriri, liderança da aldeia Araçá.

Para a professora indígena Kaimbé Euânia Gomes, as Casas de Cultura significam mais que um lugar de produção artesanal. Elas promoverão a geração de conhecimento, reprodução e até recriação da cultura dessas comunidades indígenas. “Aqui, os mais velhos vão poder ensinar os jovens a preservar o que for resgatado e não deixar morrer mais uma vez.”

Além de um espaço para a produção de artesanato, as Casas de Cultura serão vitrines de todo trabalho desenvolvido pelas comunidades indígenas. Cerâmica, colares, brincos, redes, comidas típicas, frutas e demais plantações poderão ser expostas e comercializadas. “A idéia é também garantir a sustentabilidade desses povos. Vendendo sua produção eles vão gerar mais renda para as comunidades e conseqüentemente vão melhorar sua qualidade de vida”, explica Roberto Costa, um dos responsáveis pelo projeto na CGART.

Além das casas, o povo Kiriri também ganhou um espaço na prefeitura de Banzaê - município onde se localizam as aldeias Mirandela e Araçá. É o Departamento de Assuntos Indígenas, espaço no qual os índios Kiriri poderão propor projetos e ações nas áreas de saúde, educação, meio ambiente, cultura e agricultura com o objetivo de fortalecer seu povo. “Essa é uma conquista importante. É um lugar dentro da prefeitura, onde os índios vão pensar e levar seus projetos, inclusive, em outros níveis de governo”, avalia Mércio Gomes.

 
 

Fonte: Funai – Fundação Nacional do Índio (www.funai.gov.br)
Assessoria de imprensa
Foto: Funai

 
 
 
 
 
 

 

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