16/05/2006
- A palavra reencontro consta nos dicionários
como “encontrar novamente” ou “ver o que já
foi visto anteriormente”. Este é o
tema da nova exposição do Museu
Paraense Emílio Goeldi (MPEG): Reencontros:
Emílio Goeldi e o Museu Paraense.
“Reecontros” no plural,
de fato. Afinal, hoje o Museu Goeldi, instituição
vinculada ao Ministério da Ciência
e Tecnologia (MCT), vai reencontrar a história
de um de seus mais atuantes diretores: o naturalista
suíço Emílio Goeldi.
Além da oportunidade de Belém
reencontrar um pouco da sua própria
história, que se confunde com a do
MPEG, resultado do período mais próspero
da cidade, a belle èpoque, quando Belém
exalava modernidade com os lucros advindos
do comércio da borracha.
A exposição
Reencontros: Emílio Goeldi e o Museu
Paraense inicia oficialmente as comemorações
dos 140 anos do MPEG, cujo aniversário
é dia 6 de outubro, e será apresentada
para convidados nesta quinta-feira (18), às
19h. No dia seguinte, o público visitante
já terá acesso à nova
exposição, que contou com o
patrocínio da Fundação
Vitae, do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico (CNPq/MCT) e da Companhia
Vale do Rio Doce.
Reencontrando
Segundo Roseny Mendes, arquiteta
da Coordenação de Museologia
(CMU/MPEG), Reencontros será uma exposição
abrangente, pois é voltada para pessoas
de todas as idades. A exposição
abordará os principais temas relacionados
à história do Museu Goeldi:
quem foi Emílio Goeldi, a importância
do cientista para o desenvolvimento da pesquisa
científica na Amazônia, a colaboração
do botânico Jacques Huber e da zoóloga
Snethlage para a consolidação
do então Museu Paraense e a estrutura
e o cotidiano do MPEG no final do século
19.
Quem visitar a exposição,
a partir deste mês, poderá conferir
também alguns exemplares das diversas
coleções do Museu Goeldi (arqueológica,
etnográfica, botânica e zoológica),
como, por exemplo, um dos primeiros espécimes
registrados do Herbário do MPEG, coletado
pelo próprio Goeldi. Além disso,
será possível observar impressos
e manuscritos do período da administração
de Emílio Goeldi, bem como uma rica
seleção de fotos da coleção
fotográfica do MPEG, que mostram o
cotidiano do Museu Paraense e da cidade de
Belém no início do século
passado.
O curador da exposição,
o coordenador de Comunicação
e Extensão do MPEG, Nelson Sanjad,
explica que Reencontros inova na abordagem
e conta a história do Museu Goeldi
por meio da história do naturalista
Emílio Goeldi, explicando o contexto
de atuação do personagem e as
razões de sua administração
ser considerada um marco divisor dentro da
história da instituição
(a mais antiga instituição científica
da região amazônica).
A exposição
Reencontros: Emílio Goeldi e o Museu
Paraense ficará aberta ao público
durante dois anos, para que os belenenses
e aqueles que visitarem a cidade possam encontrar
e reencontrar a história de uma importante
instituição de pesquisa para
o Brasil e para o mundo, através da
vida daquele que emprestou seu nome ao Museu.
A exposição
integra a programação da Semana
Nacional de Museus de 2006, comemorada de
15 a 21 do mês corrente, trazendo o
tema “Museus e Público Jovem”. A promoção
da Semana é do governo federal, por
intermédio do Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional
(IPHAN), do Ministério da Cultura,
e com o apoio da Associação
Brasileira de Museologia, do Conselho Federal
de Museologia e do Comitê Brasileiro
do Conselho Internacional de Museus.