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PARQUE DOS ABROLHOS GANHA PROTEÇÃO PARA SEU ENTORNO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2006

Salvador, 18 de maio de 2006 — A Zona de Amortecimento do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos foi criada pela portaria número 39/2006 do Ibama, publicada hoje no Diário Oficial da União. A medida prevê restrições a atividades que tragam potenciais impactos ao meio ambiente no entorno do parque, como a exploração de petróleo e gás natural. O objetivo é reforçar a proteção dos ecossistemas dos Abrolhos, essenciais ao turismo ecológico e à pesca artesanal, que garantem o sustento de aproximadamente 100 mil pessoas. A região é conhecida como a área de maior biodiversidade marinha no Atlântico Sul.

A Zona de Amortecimento do Parque dos Abrolhos vem sendo discutida por ONGs, universidades e órgãos governamentais desde 2003, quando a Agência Nacional do Petróleo (ANP) ofereceu grandes áreas para a exploração de hidrocarbonetos na região. “Nesse período, foram produzidos estudos que indicaram áreas ecologicamente sensíveis, utilizando, inclusive, metodologias que simulam a dispersão de óleo no mar. A decretação da ZA é, sem dúvida, um importante passo para compatibilizar as atividades econômicas com a conservação do meio ambiente, reduzindo impactos e garantindo a sustentabilidade” – afirma Paulo Gustavo Prado, diretor de Política Ambiental da Conservação Internacional.

Com a portaria, o empreendimento de carcinicultura da Cooperativa de Criadores de Camarão do Extremo Sul da Bahia (Coopex), proposto para se instalar no município de Caravelas, passa a depender também da licença ambiental do Ibama. De acordo com o representante do Grupo Ambientalista da Bahia (Gambá), Renato Cunha, a medida dará um olhar de proteção na área que representa a maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul. “Qualquer iniciativa que se faça nessa região, é preciso ter muito cuidado, pois os impactos podem ser irreversíveis”, alerta.

A Coalizão “SOS Abrolhos: Pescadores e Manguezais Ameaçados” está mobilizada para impedir a instalação das fazendas de camarão, e conta com a participação da Conservação Internacional, Fundação SOS Mata Atlântica, Instituto Terramar, Instituto Baleia Jubarte, Grupo Ambientalista da Bahia - Gambá, Environmental Justice Foundation – EJF, Patrulha Ecológica, Associação de Estudos Costeiros e Marinhos de Abrolhos – ECOMAR, Movimento Cultural Arte Manha, Núcleo de Estudos em Manguezais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – NEMA, Mangrove Action Project – MAP, Coalizão Internacional da Vida Silvestre - IWC/BRASIL, Aquasis – Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos e Agência Brasileira de Gerenciamento Costeiro.

Segundo a lei 9.985/00, que regulamenta o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), a zona de amortecimento abrange “o entorno de uma unidade de conservação, onde as atividades humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o propósito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade”. A zona de amortecimento do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos vai incluir uma área de águas rasas e claras, que constituem o Banco dos Abrolhos e Royal Charlotte, tendo como limite norte o Rio Jequitinhonha, na Bahia, e ao sul, o Rio Doce, no Espírito Santo. A ZA inclui ainda os manguezais da região, considerados berçários da vida marinha, garantindo a preservação de diversos ecossistemas fundamentais para a conservação da biodiversidade.

Para o educador ambiental Carlos Aguiar, da ONG Patrulha Ecológica, a portaria do Ibama é definida num momento em que a comunidade necessita de fôlego para estabelecer prioridades e continuar exercendo seus direitos. “É fundamental que este seja um instrumento de avaliação diante de toda ação que se pretenda nesta comunidade, principalmente, quando estas ações podem gerar efeitos irreversíveis”.

Com cerca de 56 mil km2 na costa sul da Bahia, a região dos Abrolhos compreende um mosaico de ambientes marinhos e costeiros, margeados por remanescentes de Mata Atlântica, incluindo recifes de coral, fundos de algas, manguezais, praias e restingas. Na área são encontradas várias espécies endêmicas (que só existem na região), incluindo o coral-cérebro, crustáceos e moluscos, além de tartarugas e mamíferos marinhos ameaçados de extinção, como as baleias jubarte. Além de conservar este patrimônio biológico, a criação da zona de amortecimento é um instrumento para proteção das comunidades costeiras locais, que baseiam sua economia no extrativismo, na pesca artesanal e no turismo, atividades que dependem diretamente do bom estado dos recursos naturais da região.

 
 

Fonte: Conservação Internacional Brasil (www.conservation.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 
 
 

 

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