17/05/2006 - São
Paulo – O professor Rubem La Laina Porto,
da Escola Politécnica da Universidade
de São Paulo (USP), afirmou, durante
debate sobre o projeto de integração
do rio São Francisco às bacias
hidrográficas do Nordeste setentrional,
que o empreendimento não vai apenas
suprir de reserva de água a população
daquela região, mas também promover
as condições para que haja o
desenvolvimento socioeconômico daquela
parte do Brasil. O projeto tem como objetivo
oferecer segurança hídrica para
12 milhões de pessoas em 390 municípios
dos estados de Pernambuco, Paraíba,
Rio Grande do Norte e Ceará.
O empreendimento foi debatido
na USP durante a tarde e início da
noite de terça-feira (16/05). A discussão
fez parte da I Rodada de Debates Acadêmicos
sobre o tema, idealizada pelo Ministério
da Integração Nacional. Já
ocorreram encontros na Universidade Federal
do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre,
e na Universidade de Brasília (UnB),
na capital federal. O quarto e último
debate será no dia 24 deste mês,
no Rio de Janeiro, na Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ). Na USP, o evento
foi organizado pela Escola Politécnica
da USP, pelo Instituto de Geociências
e pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas.
O projeto foi apresentada pelo engenheiro
Francisco Sarmento, integrante da Coordenadoria
Técnica do Projeto São Francisco.
O projeto prevê a
captação, abaixo da barragem
de Sobradinho, de 26 metros cúbicos
de água por segundo, ou seja, 1,4%
da vazão mínima garantida na
foz do rio São Francisco. A água
será levada para os quatro estados
através de dois canais. O projeto está
pronto para ser iniciado, mas suas obras civis
só poderão ser executadas depois
que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar
uma liminar, concedida pela Justiça
Federal da Bahia, que impede o começo
dos serviços.