“A maioria das pessoas pode nunca ter ouvido
falar da Cargill, mas ela é responsável
por uma das piores tragédias ambientais
do nosso tempo. A Amazônia é
uma das regiões de maior biodiversidade
do planeta. A Cargill está sucateando
a principal floresta tropical do mundo, plantando
soja para alimentar animais, que depois serão
comercializados por supermercados e fast-food”,
afirmou o coordenador da campanha Amazônia
do Greenpeace Alemanha, Thomas Henningsen.
Os protestos de hoje são continuação
das manifestações do Greenpeace
que se iniciaram na semana passada, em Santarém.
Na última sexta-feira, o Greenpeace
bloqueou o porto da Cargill na cidade, impedindo
o descarregamento de soja amazônica
por cerca de três horas e meia.
Funcionários da empresa e produtores
de soja locais reagiram com violência
à manifestação pacífica
no porto ilegal da empresa. A soja, que é
exportada para a Europa como alimento animal,
é cultivada em áreas desmatadas
da Floresta Amazônica.
A soja é hoje uma das causas principais
do desmatamento da Amazônia brasileira.
No total, uma área estimada em 1,2
milhão de hectare do que costumava
ser floresta já foi – em sua maior
parte ilegalmente – destruída para
o cultivo de grãos de soja. Os sojeiros
também estão envolvidos em atividades
ilegais como apropriação de
terra e escravidão.
Recentes investigações do Greenpeace
reunidas no relatório “Comendo a Amazônia”
mostram que o porto da Cargill não
é apenas ilegal, como também
está sendo responsável por levar
soja de desmatamento ilegal para o mercado
mundial. Eles operam 13 silos no bioma Amazônico
– mais que qualquer outra companhia.
O Greenpeace exige que a Cargill e seus clientes
na indústria alimentícia garantam
que a soja que eles compram para alimentação
animal não contribua para a destruição
da Amazônia e que nenhum dos produtos
da soja deles seja geneticamente modificado.