26/05/2006 - Brasília
– A nova versão do Plano Amazônia
Sustentável passará por uma
consulta pública durante todo o mês
de junho nos estados da região amazônica.
Hoje (26), abrindo a série de audiências,
os ministérios do Meio Ambiente e da
Integração Nacional apresentaram
o documento aos representantes de movimentos
sociais, do setor produtivo e dos nove estados
da Amazônia Legal (Acre, Amapá,
Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima,
Tocantins, Mato Grosso e Maranhão).
Em estudo desde 2003, o
Plano Amazônia Sustentável prevê
políticas e ações de
inclusão social, geração
de renda, infra-estrutura e inovação
tecnológica. A secretária de
Coordenação da Amazônia
do Ministério do Meio Ambiente, Muriel
Saragoussi, defende que o documento seja construído
em parceria entre o governo federal, os estados,
os municípios e a sociedade.
"Essa é a única
chance do plano ser implantado", afirma
a secretária. "Não existem
planos que vêm de cima para baixo. Se
não há um acordo de sociedade
em torno do que fazer numa região,
o que um setor faz o outro desfaz. A gente
precisa dessa união e desse olhar de
conjunto."
A mobilização
é um dos eixos principais da estratégia
de implantação Plano Amazônia
Sustentável, que deverá ser
posto em prática de forma descentralizada.
"A idéia é ter um pacto
de sociedade, em que governo federal, governos
estaduais e municipais, setor privado e a
sociedade civil tenham acordo nas prioridades",
explica Muriel Saragoussi.
Mesmo com a existência
de interesses tão divergentes como
o de populações tradicionais
e o de grandes empresários, a secretária
acredita na possibilidade de consenso sobre
o tema: "O que a gente viu no plano de
desenvolvimento sustentável da BR-163
foi 90% de consenso. Os 10% têm que
ser mediados e é uma decisão
política do que fazer nesse momento."
Mais informações
sobre o Plano Amazônia Sustentável
na página eletrônica do Ministério
da Integração Nacional (www.integracao.gov.br).