08/06/2006 - Dentro
das comemorações da Semana do
Meio Ambiente, será definitivamente
implantado o Parque da Mata Atlântica
em Goiás. A iniciativa vai possibilitar
a preservação de espécies
da fauna e da flora do que já foi uma
das mais importantes florestas do continente.
A criação
do parque, proposta pela Agência Ambiental,
foi aprovada por unanimidade na 42ª reunião
do Conselho Estadual do Meio Ambiente (CEMAm),
em abril de 2004. O parque é fruto
de uma série de estudos técnicos
que confirmaram a viabilidade e a importância
da preservação de uma área
de 938 hectares, situada entre Rio Corumbá
e o Rio Piracanjuba, na foz do Rio Paranaíba,
em Água Limpa, município de
cerca de 2,2 mil habitantes, que tem na pecuária
extensiva a base de sua economia.
Os estudos, feitos por técnicos
da Agência, com o acompanhamento de
uma consultoria especializada comandada pelo
Dr. Haroldo Lima, diretor técnico do
Jardim Botânico do Rio de Janeiro, e
de especialistas em botânica da UFG,
revelaram que parte da porção
goiana da Mata Atlântica já sofreu
os efeitos da devastação, restando
apenas 0,27% da cobertura original.
Este processo de degradação
foi agravado principalmente com a ocupação
da região nos últimos 20 anos.
Porém, a natureza conseguiu driblar
algumas agressões sofridas e a vegetação
se regenerou, como no local escolhido para
o parque, no município de Água
Limpa, que contém a maior extensão
contínua deste tipo de vegetação.
A Mata Atlântica em
Goiás ainda preserva sua cobertura
vegetal primária e original em cerca
de 40% da área do parque. A flora exibe
plantas como cedro, peroba rosa e jatobá,
quase extintas no restante do País.
A fauna local guarda espécies como
tucano, onça pintada, veado mateiro
e urubu-rei.
Os estudos que subsidiaram
a proposta de criação do Parque
Estadual da Mata Atlântica foram amplamente
debatidos com a comunidade local em uma audiência
pública realizada pela Agência
Ambiental, no segundo semestre de 2004. Segundo
o gerente de Áreas Protegidas da Agência
Ambiental, o engenheiro florestal Clayton
Alves Trindade, a proposta obteve o apoio
da população, inclusive dos
antigos proprietários de parte da área
que está sendo transformada em Unidade
de Conservação.
A área delimitada
do parque contém quatro propriedades
rurais, onde predomina a pecuária extensiva.
Quase metade da área delimitada é
formada pelas reservas legais dessas propriedades.
As propriedades foram adquiridas por empresas
parceiras da Agência Ambiental nesse
projeto de implantação do parque,
através do Programa de Apoio a Ações
Ambientais (P3A).
As empresas são a
Cachoeira Dourada S/A (CDSA), do grupo Endesa;
a Barro Alto Mineração S/A (BAMISA),
do grupo Anglo América; a Companhia
Siderúrgica Pitangui e a Performance,
sendo esta última empreendedora de
duas Pequenas Centrais Hidrelétricas
no Rio Veríssimo, afluente do Paranaíba.
Além de contribuir para a preservação
ambiental, o novo parque também deve
servir de base de apoio para a atuação
da Agência Ambiental, da Semarh e dos
órgãos públicos e particulares
na Região das Águas, contribuindo
para incrementar o turismo sustentável
nesta região, que inclui os municípios
de Caldas Novas, Rio Quente, Corumbaíba,
Mazargão, Água Limpa e Buriti
Alegre.
A existência de domínios
da Mata Atlântica em Goiás, significa,
segundo os técnicos, que tal bioma
já foi muito extenso em todo o País
e era o predominante antigamente. Com a devastação
a que foi submetido ao longo dos anos, sobrou
apenas este resquício que agora está
sendo preservado pelo Estado de Goiás,
para as futuras gerações.
09/06/2006 - O Parque Estadual
da Mata Atlântica do Município
de Água Limpa entra definitivamente
no mapa dos estudiosos e turistas interessados
pelo bioma mata atlântica. Localizado
a menos de 250 quilômetros de Goiânia,
no sentido de Caldas Novas, o Parque de 938
hectares foi inaugurado hoje (dia 9) por autoridades
do governo estadual e dos municípios
ao seu redor: Caldas Novas, Rio Quente, Corumbaíba,
Mazargão, Água Limpa e Buriti
Alegre. O evento fez parte das comemorações
da Semana do Meio Ambiente. Uma placa alusiva
à inauguração foi fixada
na sede da unidade de fiscalização
da Agência Ambiental, que funcionará
dentro do Parque, às margens do Lago
Corumbá.
Para o presidente da AGMA,
Zacarias Calil, a criação do
Parque reflete o compromisso da população
de Água Limpa com a preservação
do meio ambiente. “Esse Parque vai contribuir
para a proteção de espécies
da fauna e da flora, criando condições
de preservar em Goiás remanescentes
de uma floresta de importante biodiversidade.
Estamos orgulhosos que a população
de Água Limpa tenha entendido que preservar
essa área é importante, tanto
para a região quanto para o Brasil",
disse Zacarias, destacando o papel e o empenho
dos técnicos da AGMA para a concretização
do Parque, cujo projeto teve início
em 2003.
O Parque da Mata Atlântica
foi criado pelo Decreto número 6.442
de 12 de abril de 2006. Os estudos que subsidiaram
a proposta de criação do Parque
foram debatidos com a comunidade local . Segundo
o gerente de Áreas Protegidas da Agência
Ambiental, o engenheiro florestal Clayton
Alves Trindade, a proposta obteve o apoio
da população quando foi apresentada
em audi6encia pública realizada em
setembro de 2004. "Os antigos proprietários
da área que está sendo transformada
em Unidade de Conservação também
apoiaram bastante a criação
do Parque", ressaltou, agradecendo a
presença de familiares de Jorge Labecca
- antigo proprietário de parte da área
que forma hoje o Parque.
De acordo com o Secretário
do Meio Ambiente e Recursos Hídricos
de Goiás, José de Paula Moraes,
o município de Água Limpa ganha
agora uma repercussão maior e a possibilidade
de desenvolver novas alternativas econômicas
para o aproveitamento do Parque, como o turismo
ecológico. O secretário destacou
a necessidade de a população
continuar a se mobilizar para garantir a boa
gestão da nova unidade de conservação.
"É preciso envolvimento da comunidade
do entorno do Parque para formar com o governo
uma gestão compartilhada", disse.
A área do Parque
contém quatro propriedades rurais,
onde predomina a pecuária extensiva.
Quase metade da área delimitada é
formada pelas reservas legais dessas propriedades.
As propriedades foram adquiridas pelas empresas
Cachoeira Dourada S/A (CDSA), do grupo Endesa;
a Barro Alto Mineração S/A (BAMISA),
do grupo Anglo América; a Companhia
Siderúrgica Pitangui e a Performance,
sendo esta última empreendedora de
duas Pequenas Centrais Hidrelétricas
no Rio Veríssimo, afluente do Paranaíba.
Essas empresas se tornaram parceiras da Agência
Ambiental, através do Programa de Apoio
a Ações Ambientais (P3A).