O governo federal
investirá R$ 1,4 milhão para
o monitoramento do desmatamento seletivo na
Amazônia. O trabalho será desenvolvido
pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Inpe), órgão do Ministério
da Ciência e Tecnologia, e o Ministério
do Meio Ambiente deverá aportar R$
1 milhão para este projeto.
Para viabilizar a análise
completa dos dados de satélites, deverão
ser destinados mais R$ 400 mil de um fundo
para projetos integrados na Amazônia,
que contempla, por exemplo, estudos do LBA
(Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera
na Amazônia) e ações do
Ministério da Agricultura. O total
de R$ 1,4 milhão irá financiar
todo o trabalho, desde a aquisição
de novas imagens (Spot 5, com resolução
de 20 e 10 metros, para a validação
dos dados obtidos pelo Landsat), missão
de campo com videografia, e ainda a assessoria
no processamento, diagnóstico e interpretação
das imagens, que ficará a cargo do
Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente
da Amazônia), sob a supervisão
do Inpe.
"O objetivo é
monitorar o corte seletivo e também
a intensidade da exploração",
explica Dalton Valeriano, coordenador do Programa
Amazônia do Inpe. Com isso, será
possível controlar melhor a atividade
madeireira. "Vamos dar suporte às
necessidades de controle e fiscalização
da lei, que prevê a exploração
racional e planos de manejo sustentável
nas florestas nacionais", enfatizou.
O monitoramento por satélite
auxilia na fiscalização na medida
em que aponta, no mapa, o local do possível
desmate ilegal. O Governo mantém um
sistema de informações onde
são cruzados os dados dos mapas com
as licenças para o corte de madeira.
Os primeiros resultados do mapeamento deverão
ser apresentados em três meses.
Além do anúncio
de recursos para o monitoramento do corte
seletivo na floresta, o Governo lançou
anteontem (5), no Dia Mundial do Meio Ambiente,
outras ações que estabelecem
um novo paradigma para o desenvolvimento sustentável
da Amazônia. Trata-se de um conjunto
de políticas públicas com o
objetivo de permitir e apoiar o uso dos recursos
naturais de forma compatível com a
preservação da floresta amazônica.