Brasília (06/06/06)
– De 26 a 28 de maio o Ministério do
Meio Ambiente, o Ibama e a Rede Mata Atlântica
(de ONGs) realizaram, em Ilhéus (BA),
a Semana da Mata Atlântica. O evento
teve como objetivo a divulgação
de medidas para garantir a preservação
e recuperação do bioma; incentivar
iniciativas nesse sentido e fortalecer parcerias
entre estado, terceiro setor e empresariado
com vistas a estancar o desmatamento. O evento
ocorreu na Bahia por este abrigar a maior
diversidade do bioma. O dia Nacional da Mata
Atlântica foi comemorado no dia 27.
Os debates contaram com
as presenças da ministra do Meio Ambiente,
Marina Silva; do presidente do Ibama, Marcus
Barros; do secretário de Biodiversidade
e Florestas do MMA, João Paulo Capobianco;
do presidente da Comissão de Meio Ambiente
da Câmara dos Deputados, Luiz Carreira,
além de outras autoridades.
O diretor de Proteção
Ambiental do Ibama, Flávio Montiel,
enfatizou, em sua palestra, as diretrizes
do Plano de Monitoramento e Controle da Mata
Atlântica, lançado pela ministra
Marina Silva em março. Com o Plano,
o governo pretende, a exemplo que já
faz na Amazônia, monitorar por satélite
a Mata Atlântica, facilitando com isso
o trabalho de fiscalização dos
desmatamentos. Logo depois da palestra de
Montiel, a coordenadora do Programa Agentes
Ambientais Voluntários, Juliana Simões,
explicou o funcionamento do Programa.
Patrimônio - Maior
floresta tropical do Brasil depois da Amazônia,
a Mata Atlântica é um dos cinco
principais biomas do planeta. Seus ecossistemas
concentram a maior biodiversidade de espécies
por hectare. São cerca de 10 mil espécies,
riqueza que fez com que a Unesco declarasse
este bioma Reserva da Biosfera e Patrimônio
da Humanidade.
Mesmo com toda a pressão
resultante da ocupação desordenada,
os remanescentes da Mata Atlântica,
hoje concentrados em sete estados, ainda conseguem
responder pela estabilidade do solo, pelo
equilíbrio do microclima e pelo controle
de pragas de uma região que, da Bahia
a Santa Catarina, responde por 70% do PIB
brasileiro e por uma população
de 120 milhões de pessoas, abastecidas
por grandes rios, como Paraná, Tietê
e São Francisco, dentre outros vitais
à agricultura, pecuária e urbanização.