08/06/2006 - Brasília
– O maior erro do governo federal é
a falta de apoio para questões ambientais
regionais, segundo os participantes da 2ª
Conferência Nacional do Meio Ambiente.
O problema foi apontado por 33% das pessoas.
O maior acerto na área ambiental, na
avaliação de 21% dos participantes,
seria a garantia de participação
social nas políticas públicas.
Os dados fazem parte da pesquisa Avaliação
da Política Ambiental, realizada durante
o evento que ocorreu em dezembro de 2005.
Em relação
aos acertos, os entrevistados citaram também
a realização do evento e das
conferências regionais e estaduais (18%)
e o combate ao desmatamento e às queimadas
(10%). Entre os erros, a transposição
do rio São Francisco e a falta de investimento
aparecem em segundo lugar, lembrados por 12%
dos delegados da conferência.
Para 37,2% dos entrevistados,
o combate ao desmatamento na Amazônia
foi a política considerada mais importante.
Em segundo lugar estão a proteção
e o uso sustentável da biodiversidade
e a revitalização das bacias
hidrográficas, ambas citadas por 32,3%
dos pesquisados. Em seguida ficou a promoção
do desenvolvimento local sustentável
(31,7%).
O estudo também levantou
informações sobre problemas
ambientais nacionais e mundiais. No Brasil,
o desmatamento foi considerado o maior problema
por 28% dos entrevistados. Os delegados apontaram
também a questão dos recursos
hídricos (13%) e a falta de informação
sobre meio ambiente e educação
ambiental (11%).
A pesquisa também
apresentou uma lista fechada com 15 problemas
ambientais, em que era permitido escolher
três opções. A principal
resposta foi saneamento (58,2%), desmatamento
da Amazônia (38,5%) e queimadas (31%).
Em pergunta estimulada sobre os problemas
ambientais mundiais, a poluição
dos recursos hídricos teve 57% das
resposta, seguida do desmatamento florestal
(48%) e da perda de biodiversidade (35%).
Foram entrevistados 1.144
delegados dos 1.337 presentes na conferência
de 10 a 13 de dezembro de 2005. Sendo 16,7%
deles do Centro-Oeste, 21,59% do Sudeste,
18,62% do Norte, 29,46% do Nordeste e 13,64%
do Sul. Os dados foram analisados pelo Instituto
de Estudos da Religião (Iser).