02/06/2006
- O presidente da República, Luiz Inácio
Lula da Silva, disse hoje em São Paulo
que a realização do Salão
do Turismo – Roteiros do Brasil é uma
prova do acerto da decisão de se transformar
o turismo em uma política de governo
com “profissionalismo, orçamento e
estrutura".
“Estamos colhendo frutos
que foram plantados há anos, quando
o turismo nem tinha ministério próprio.
Estava sempre atrelado a outra pasta”, disse
o presidente ao discursar na abertura do evento,
que prossegue até o próximo
dia 6 de junho no Expo Center Norte.
Lula defendeu ainda a necessidade
dos estados explorarem sua diversidade cultural
e mostrarem aos turistas o que têm de
melhor. “Ninguém vai fazer turismo
em um local considerando as coisas ruins.
Ninguém vai a São Paulo motivado
pela violência urbana e nem ao Ceará
por causa da fome. O turista quer ver as coisas
belas”, observou o presidente.
Com indagações
o presidente Lula fez ainda uma série
de recomendações para incrementar
a atividade no País. “Por que não
colocam mais nos aeroportos?”, perguntou.
E sugeriu também que se sirva ao turista
pratos da gastronomia brasileira com o pato
no tucupi, o tucunaré, a feijoada e
a moqueca. “É isso que o turista tem
que provar no Brasil. Não adianta servir
uísque ao europeu porque isso ele tem
em casa”.
O presidente defendeu ainda
melhorias nas rotas dos vôos que trazem
turistas ao Brasil. “Por que alguns vôos
continuam tão complicados, fazendo
com que o turista que sai da Europa para o
Nordeste tenha que passar em São Paulo
ou no Rio de Janeiro, dobrando o tempo da
viagem?”, indagou.
Já o ministro do
Turismo fez uma apresentação
das atrações do Salão
do Turismo. Disse que estão sendo apresentados
396 roteiros envolvendo 1027 municípios.
Destes, segundo ele, 87 “passaram pela peneira
da qualidade internacional” e serão
oferecidos para todo o mundo. Mares Guia ressaltou
ainda a vocação do turismo como
fator de desenvolvimento:
“O turismo gera emprego em todas as classes
sociais. Por isso, é determinante na
distribuição de renda e na atração
de divisas para o País”.