12/06/2006 - Brasília
- A revitalização do rio São
Francisco é uma das prioridades do
Governo Federal. Para discutir o desenvolvimento
do programa de recuperação do
Velho Chico, os coordenadores reuniram-se,
na última sexta-feira (09/06), na sede
da Companhia de Desenvolvimento dos Vales
do São Francisco e do Parnaíba
(Codevasf), em Brasília. “Queremos
entender a situação do leito
e saber como intervir corretamente nos pontos
mais críticos”, afirma Mylène
Berbert-Born, coordenadora do Programa de
Revitalização do São
Francisco no Ministério da Integração
Nacional.
A Fundação
de Estudos e Pesquisas Aquáticas (Fundespa)
enfatizou os principais pontos que precisam
de ações imediatas, como o caso
do trecho de Ibotirama (BA), onde o rio São
Francisco necessita da implantação
do projeto de desobstrução da
faixa de navegação. A partir
do relatório apresentado com as ações
realizadas nos últimos três anos
será possível estabelecer as
metas para 2006 e para o próximo ano.
“Agora é o momento de partirmos para
novos desafios”, explica Athadeu Silva, representante
da Codevasf no programa de revitalização.
Pela primeira vez na história
do rio, sua revitalização foi
incluída entre os principais projetos
do Governo Federal, que, por decisão
do presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
a incluiu no Plano Plurianual (PPA). As ações
de revitalização estão
em curso desde 2004. Naquele ano, foram investidos
R$ 27 milhões. Em 2005, a cifra foi
de R$ 100 milhões. Para este ano, estão
previstos R$ 120 milhões em investimentos
na recuperação do Velho Chico.
No tema específico
da navegabilidade do rio, os objetivos em
curto prazo são a contenção
das margens, combate e controle da erosão,
reflorestamento ciliar e estabilização
do leito fluvial natural. Para a implementação
dessas tarefas, as equipes de campo são
fundamentais.
Os esforços do governo
federal para a hidrovia do São Francisco
resultaram, em 2005, na construção
de um barco de monitoramento do leito, o “Velho
Theo”, que já está em operação.
O próximo passo é a execução
de estudos detalhados em um trecho do rio,
tomado como campo de provas, cujo projeto
básico já está pronto.
Os desdobramentos imediatos dessas ações
são a elaboração de cartas
náuticas digitais com rotas dinâmicas
de navegação, bem como a execução
de projetos de desobstrução
do rio em trechos diagnosticados como críticos.
A revitalização
do rio São Francisco passa pela melhoria
das condições ambientais e físicas
do seu leito fluvial. A reestruturação
da navegação regional refletirá,
entre outros aspectos, na melhoria da infra-estrutura
dos vilarejos nas margens e em trabalho e
renda para os ribeirinhos.
A avaliação
dos trabalhos realizados para melhorar a navegação
no rio teve a participação dos
coordenadores do programa. Além de
Mylène Berbert-Born e Athadeu Silva,
compareceram José Simões, pelo
Ministério do Meio Ambiente, e o diretor
da Área de Engenharia da Codevasf,
Clementino Coelho.