Porto Alegre (16/06/06)-
Fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama), acompanhados de policiais federais
aprenderam na última segunda-feira
(12/06) armas e munições de
grosso calibre no entorno do Parque Nacional
da Lagoa do Peixe, em Mostardas, zona sul
do Estado (cerca de 200 quilômetros
da Caoutak). Dois caçadores foram presos
e autuados.
Segundo o Analista Ambiental
Mário Sérgio Celski de Oliveira,
apenas nesta operação foram
apreendidas cinco armas de caça, 50
cartuchos carregados, máquina de recarga
de cartucho, chumbo, pólvora espoleta
e 20 marrecos. Um dos caçadores era
proprietário da área e foi autuado
por degradação ao meio ambiente,
cativeiro ilegal de aves nativas e guarda
ilegal de animais silvestres. No mesmo dia,
na localidade de Cacimbas foram apreendidas
armas de fogo, marrecas caçadas ilegalmente,
sete aves silvestres, armadilhas e um ratão
do banhado.
Munição
e Armas
De acordo com o Analista
do Ibama, em apenas um mês foram realizadas
quatro operações visando a caça
ilegal, duas delas em parceria com policiais
civis e federais. Mário Sérgio
revela ainda que neste período foram
apreendidas 16 armas de grosso calibre, dois
veículos usados pelos caçadores
e cerca de três mil cartuchos. O armamento
foi utilizado para abater 56 aves silvestres
e ratões do banhado. Esta prática,
geralmente realizada por grandes grupos, causa
degradação ambiental no ecossistema
pois, segundo o funcionário do Ibama,
estes caçadores “atiram em qualquer
coisa que se mova”, além de utilizarem
armadilhas. Este ano a caça não
foi regulamentada, o que inviabiliza sua prática.
Em junho do ano passado
a Ong União pela Vida ingressou com
uma Ação Civil Pública
na Vara Federal Ambiental e Agrária
de Porto Alegre pedindo a suspensão
da caça. Embora a Justiça Federal
tenha liberado a atividade em maio último
não houve tempo hábil para liberação
e normatização da caça.