O PAN Brasil foi apresentado como exemplo
à comunidade internacional na Conferência
das Partes (COP7) da Convenção
das Nações Unidas para o Combate
à Desertificação, realizada
em Nairóbi, no Quênia em outubro
do ano passado. A iniciativa brasileira ganha
destaque pelo fato de o país ser o
que possui as áreas suscetíveis
à desertificação mais
densamente povoadas do mundo. Numa área
correspondente a 15,7% do território
nacional, englobando 32 milhões de
pessoas, está quase 20% do total da
população brasileira.
No Brasil, as áreas suscetíveis
envolvem os nove estados nordestinos, o norte
de Minas Gerais e uma parte de Espírito
Santo. Já existem 4 núcleos
em situação grave, tanto pela
extensão de suas áreas como
pela crescente velocidade com que aumentam.
Gilbués, município situado no
sul do estado do Piauí, possui a maior
área contínua desertificada
do país. É considerado pelo
PAN-Brasil como um dos núcleos de desertificação
no Nordeste. A degradação do
solo atinge mais sete municípios da
região.
As áreas ameaçadas pela desertificação
somam 1/3 de toda a superfície do planeta.
São mais de 5 bilhões de hectares
em cerca de 100 países que podem ser
afetados direta ou indiretamente. Associada
à degradação da terra
nas zonas áridas, semi-áridas
e sub-úmidas secas, está a pobreza,
reconhecida em todo o mundo como um dos principais
fatores de causa e conseqüência
do processo de desertificação.