14/06/2006 - Criado
pelo governo federal no último Dia
Mundial do Meio Ambiente (5), o Parque Nacional
do Juruena recebe uma expedição
de ambientalistas durante 20 dias, entre 13
de junho e 2 de julho. São técnicos
de conservação ambiental, biólogos
e jornalistas que percorrerão mais
de mil quilômetros para colher dados
sobre a rica biodiversidade local. O grupo
vai também detectar focos de garimpo
e o modo de vida de comunidades tradicionais,
como os povos Kayabi e Apiacás que
vivem na região.
A iniciativa é do
Ibama, WWF-Brasil e Secretaria de Estado de
Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
do Amazonas (SDS), e conta com parceria do
ICV (Instituto Centro da Vida) e do WWF-Alemanha.
Área de extrema variedade
biológica, o Parque Nacional do Juruena
é lar de espécies que correm
risco de extinção em outras
regiões da Amazônia, como a onça
pintada, a ariranha, o gavião real
e o peixe boi. A área, ainda pouco
pesquisada, protegerá possíveis
espécies que ainda nem sequer foram
catalogadas pela ciência.
O parque nacional era uma
das últimas unidades de conservação
que faltavam ser criadas para completar o
corredor meridional da Amazônia, importante
tanto pela sua qualidade ecológica,
como para resistir ao avanço do desmatamento
que vem do sul para norte do Brasil.
Localizado no norte
do estado do Mato Grosso e sul do Amazonas,
o recém-criado Parque Nacional do Juruena
conta com uma área de quase 2 milhões
de hectares. É o terceiro maior parque
do Brasil, atrás apenas do Parque Nacional
Montanhas do Tumucumaque (com 3,9 milhões
de hectares) e do Parque Nacional do Jaú
(com 2,3 milhões hectares).