20/06/2006
- Rio - A preservação do meio
ambiente enfrenta vários desafios no
Brasil. Nas cidades, um dos principais problemas
é a falta de secretarias e institutos
responsáveis por políticas públicas
e fiscalização. Apenas um terço
dos municípios brasileiros possui algum
tipo de órgão ambiental.
A estimativa é do
coordenador da Conferência Nacional
do Meio Ambiente e assessor especial do Ministério
do Meio Ambiente, Pedro Ivo Batista. Ele participou
hoje (20), no Rio de Janeiro, da reunião
de avaliação das resoluções
da Conferência Nacional, realizada em
Brasília no fim do ano passado.
Segundo Batista, entre as
principais determinações da
conferência estão a realização
de uma campanha de preservação
da Amazônia, a construção
de unidades de conservação que
evitem a degradação de ecossistemas
e o fortalecimento da integração
dos órgãos ambientais das diversas
esferas de governo.
"Estamos desenvolvendo
um programa de capacitação de
gestores ambientais em todo o Brasil para
fortalecer os municípios e ampliar
o sistema nacional do meio ambiente, que envolve
as várias esferas de governo'', disse
o coordenador da Conferência Nacional
do Meio Ambiente.
"Tem muita coisa ainda
a se fazer, mas temos avançado na questão
ambiental. Boa parte das resoluções
diz respeito a ações que o ministério
já tem executado. (...) Nos últimos
três anos já observamos um decréscimo
de 30% nos desmatamentos na Amazônia."
No encontro no Rio de Janeiro,
Pedro Ivo Batista lembrou que a preservação
do meio ambiente precisa estar aliada à
geração de emprego e renda.
Para ele, a questão ambiental não
pode impedir o desenvolvimento.
"O meio ambiente só
fortalece um desenvolvimento equilibrado e
justo. É impossível um país
como o Brasil, com um grande número
de desempregados e de bolsões de miséria,
não fazer a relação entre
economia e meio ambiente", afirmou.
De acordo com Batista, é
fundamental, a partir de agora, garantir que
a população acompanhe o andamento
das ações que serão definidas
para cumprir as resoluções da
Conferência. Isso seria possível
através da página do Ministério
do Meio Ambiente na internet.
"Essa é uma
ação pioneira, que permite a
ampla participação popular para
fiscalizar as ações de combate
à degradação ambiental."