Protocolo de Quioto
- 23/06/2006 - O coordenador-geral de Mudanças
Globais do Clima do Ministério da Ciência
e Tecnologia, José Domingos Miguez,
é o presidente do Conselho Executivo
do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL),
organismo vinculado à Organização
das Nações Unidas (ONU) e responsável
pela aprovação e fiscalização
dos projetos de MDL e também pela emissão
das Reduções Certificadas de
Emissões (RCEs), mais conhecidas como
‘créditos carbono’.
Miguez foi eleito no final do ano passado
e assumiu o cargo em março deste ano,
no qual permanece por um ano. Como presidente
do Conselho, o brasileiro é responsável
pela elaboração das propostas
consensuais que regulam os projetos de MDL.
Miguez foi escolhido como representante do
grupo de países Não-Anexo I,
que se reveza na liderança do órgão
com representantes dos países Anexo
I. Os países Não-Anexo I são
aqueles que, signatários do Protocolo
de Quioto, não tem obrigações
de reduzir emissões de gases causadores
de efeito estufa, como o gás carbônico.
Redução de emissões
Para Miguez, com pouco mais de um ano desde
a entrada em vigor do Protocolo de Quioto,
no começo de 2005, os resultados são
bastante satisfatórios. Segundo levantamento
da ONU, os projetos de MDL hoje em desenvolvimento
em todo o mundo projetam uma redução
de aproximadamente um bilhão de toneladas
de gás carbônico equivalente.
Nesse ritmo, até 2012 esse valor pode
chegar a seis ou sete bilhões de toneladas,
ou até mesmo ultrapassar estes valores,
caso aumente o interesse em desenvolver projetos
de MDL.
Para Miguez, com pouco mais de um ano desde
a entrada em vigor do Protocolo de Quioto,
no começo de 2005, os resultados são
bastante satisfatórios. Segundo levantamento
da ONU, os projetos de MDL hoje em desenvolvimento
em todo o mundo projetam uma redução
de aproximadamente um bilhão de toneladas
de gás carbônico equivalente.
Nesse ritmo, até 2012 esse valor pode
chegar a seis ou sete bilhões de toneladas,
ou até mesmo ultrapassar estes valores,
caso aumente o interesse em desenvolver projetos
de MDL.
O caso do Brasil é bem ilustrativo.
Primeiro país a ter um projeto de MDL
aprovado pelo Conselho Executivo, o Brasil
é um dos líderes mundiais em
projetos de MDL, atrás apenas da Índia
em número de projetos. Com uma média
de reduções de emissões
de gases estufa avaliada até o momento
em, aproximadamente, 24 milhões de
toneladas por ano, o País conseguiria
reduzir em 2% o total das emissões
registradas em 1994, ano-base utilizado pelo
Protocolo de Quioto. "O fato de conseguirmos
este resultado em um ano é muito bom",
afirma Miguez.
Bruno Radicchi - Assessoria de Imprensa do
MCT