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CONSULTA PÚBLICA COLOCA PLANO AMAZÔNIA SUSTENTÁVEL EM DISCUSSÃO EM SÃO LUÍS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2006

São Luís (20/06/2006) - A cidade de São Luís recebeu na manhã desta terça-feira (20) a abertura da 8ª Consulta Pública do Plano da Amazônia Sustentável (PAS). O evento foi realizado no auditório do Curso de Arquitetura da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), no centro histórico da Praia Grande. A solenidade de abertura teve a participação de representantes de diversos órgãos, como o Secretário Estadual de Planejamento, Simão Cirineu, o Deputado Estadual Domingos Dutra, o vice-presidente da FETAEMA, Francisco de Jesus Silva, e a superintendente do Ibama no Maranhão, Marluze Pastor Santos.

O Secretário Nacional de Articulação Social, Vagner Caetano de Oliveira, destacou que neste tipo de iniciativa é fundamental que haja a participação da sociedade, e que isto não pode ser feito de maneira apenas retórica, mas por meio de um processo gradativo. “Esse é o requisito para o sucesso de qualquer política pública. Em relação ao PAS, no momento em que as pessoas participam, elas tomam consciência, opinam e se apropriam do Plano para a defesa e o desenvolvimento da região com o maior patrimônio natural do Brasil. O Governo Federal tem procurado intensificar a implantação de políticas públicas com controle social, nesse sentido foram realizadas no Governo Lula 39 conferências setoriais reunindo mais de dois milhões de cidadãos brasileiros”, destacou Oliveira.

Em seguida, houve uma breve apresentação do PAS, assim como as estratégias inicialmente traçadas para a sua execução. “O mais importante no Plano é que ele faz uma leitura das diversidades da Amazônia: potenciais econômicos, populações e recursos naturais, e trata de maneira particularizada das diferenças regionais”, afirmou o Diretor de Articulação de Políticas Públicas para a Amazônia do Ministério do Meio Ambiente, Cássio Pereira.

As mais de 130 pessoas que estavam presentes ainda participaram de uma Plenária em que puderam expor suas dúvidas, pedir esclarecimentos e fazer considerações sobre a implementação do Plano. O debate foi aprofundado no período da tarde, nos quatro grupos temáticos de discussão: gestão ambiental e ordenamento territorial, produção sustentável com inovação tecnológica e competitividade, inclusão social e cidadania, e infra-estrutura para o desenvolvimento.

O PAS é uma iniciativa do governo federal, em parceria com as administrações estaduais. Sua principal meta é implantar um modelo de desenvolvimento para a região amazônica, conjugando a exploração do potencial produtivo com a sustentabilidade ambiental. Este Plano vem sendo concebido desde 2003, quando foi assinado um termo de cooperação entre as esferas de poder federal e estadual, além da criação de um conselho interministerial – que inclui o Ministério da Integração Nacional, o Ministério do Meio Ambiente, o Ministério do Planejamento, a Casa Civil e a Secretaria Geral da Presidência da República.

No início, faziam parte da articulação apenas os estados da Região Norte. Porém, em maio de 2006 houve a inclusão de Mato Grosso e Maranhão, que fazem parte da Macro-região “Amazônia Consolidada”, área de povoamento adensado e com maior número de atividades econômicas consumindo os recursos naturais.

Em junho deste ano, já foram realizadas outras cinco consultas públicas nos estados que fazem parte da chamada Amazônia Legal. O processo será concluído com as audiências em Manaus (AM) e Rio Branco (AC). A intenção dessas consultas é aprimorar um documento base elaborado em 2004, submetendo o mesmo à apreciação da sociedade civil.

Na abertura da consulta em São Luís, participaram representantes de sindicatos, prefeituras, empresas, órgãos das três esferas de governo, ONGs, universidades e associações comunitárias.

A região amazônica possui cerca de 23 milhões de habitantes, em uma área de aproximadamente 5,1 milhões de quilômetros quadrados (dos quais 3,65 milhões são cobertos por florestas). Entre os principais problemas encontrados na região está o alto grau de desperdício dos recursos naturais e a precariedade do nível tecnológico, que determinam a falta de competitividade dos produtos regionais nos mais diversos mercados e, conseqüentemente, restringem a ampliação de emprego e a melhoria da renda das populações nativas.

A Superintendência do Ibama no Maranhão citou como grande foco de atenção local a necessidade de um esforço pela preservação da Reserva Biológica do Gurupi, no oeste do estado, e o apoio à criação de novas reservas extrativistas.

Segundo a apresentação do Plano, as atividades econômicas e as obras de infra-estrutura não podem ser consideradas de antemão como um fator preponderante de destruição ambiental, pois a grande questão está na forma como os mesmos são praticados. Assim, há a necessidade de um acompanhamento mais próximo do Estado e um controle exercido pelos vários organismos da sociedade.

As discussões e propostas que surgirem durante a consulta pública serão analisadas para a elaboração da versão final do Plano Amazônia Sustentável. A idéia é fazer do PAS o resultado de um debate consciente e participativo, em que todos tenham a possibilidade de construir, juntos, as estratégias e ações que serão direcionadas ao desenvolvimento daquela que ainda hoje é uma das regiões mais isoladas do país e a mais rica em biodiversidade do planeta.

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom (Fábio Souza e Paulo Roberto Araújo)

 
 
 
 
 
 

 

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