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GOVERNO DESTACA RODOVIA SUSTENTÁVEL E COMBATE AO DESMATAMENTO NA REGIÃO AMAZÔNICA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2006

21/06/2006 - Manaus - A versão preliminar do Plano Amazônia Sustentável (PAS) ficou pronta em outubro de 2003. Mas apenas neste mês está sendo apresentada nas nove capitais da região – a oitava consulta pública ocorre hoje (21), em Manaus. A demora em iniciar a discussão e o pouco tempo para debate levaram inclusive o Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) de Rondônia a abandonar a consulta realizada em Porto Velho, no último dia 9. O GTA é uma rede que reúne mais de 600 organizações não-governamentais (ONGs) e movimentos sociais na região.

O governo federal, no entanto, garante que o PAS não ficou parado durante estes 32 meses. "Nesse meio, tempo trabalhamos os planos de combate ao desmatamento e da BR-163 sustentável, que levam em conta os mesmos princípios [do plano]", argumenta a secretária de coordenação amazônica do Ministério do Meio Ambiente, Muriel Saragoussi. "Ou seja, o PAS foi testado em campo num projeto-piloto realizado em 24% da Amazônia [ a área de abrangência da rodovia Cuiabá-Santarém ]".

"A consulta pública não deve ser vista como momento final, mas como ponto inicial da discussão", afirma a secretária. "As pessoas ainda terão quase um mês para enviar suas contribuições. O importante é que o documento esteja pronto até novembro, para balizar as discussões do PPA [ Plano Plurianual ] no próximo ano".

O presidente do Conselho Nacional de Seringueiros (CNS), Manuel Cunha, considera "coerente" a atitude do GTA de Rondônia. "O processo não era para ser assim. Já há coisas construídas, estamos aqui apenas para validá-las. Mas, de qualquer forma, o debate vai acontecer. E sem nossa participação, ficará ainda mais longe da realidade amazônica".

O presidente da Comissão Interministerial de Coordenação do PAS e representante do Ministério da Integração Nacional, Júlio Miragaia, reconhece que houve falhas no processo de convocação para as consultas públicas. "Nós demoramos a tomar a decisão de fazer as consultas. E acabamos prensados entre o calendário eleitoral e a Copa do Mundo". Segundo ele, o comitê receberá até 20 de julho as propostas de alteração do texto preliminar do PAS. O documento e as orientações para mandar contribuições estão no site do Ministério do Meio Ambiente: www.mma.gov.br.

Governo cria mais duas reservas extrativistas no Amazonas

21/06/2006 - Manaus - Os 22 moradores das margens do Rio Unini que há três dias deixaram o município de Barcelos, de barco, para participar hoje (21) da consulta pública sobre o Plano Amazônia Sustentável (PAS), foram recebidos com uma boa notícia: em Brasília, o presidente Lula assinou os decretos de criação das reservas extrativistas do Rio Unini e do Rio Arapixi, ambas no estado do Amazonas.

"Nós tínhamos vindo justamente cobrar a criação da reserva", contou o agricultor Manuel dos Santos Soares, um dos membros da Associação de Moradores do Rio Unini (Amoru).

As 300 famílias de coletores de castanha do Rio Arapixi e as 160 famílias de agricultores ribeirinhos do Rio Unini – nos municípios de Boca do Acre e Barcelos, respectivamente – esperavam há quatro anos que o território onde vivem e trabalham fosse protegido. O processo de criação das duas reservas extrativistas foi iniciado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em 2002.

As consultas públicas para criação das duas reservas ocorreram há mais de um ano – a do Arapixi, em novembro de 2004; a do Rio Unini, em maio de 2005. Em ambas, os participantes decidiram pela criação de unidades de conservação federais, embora o território ocupado por eles seja estadual.

Em novembro de 2005, o Instituto de Terras do Amazonas (Iteam) enviou uma carta ao Ibama autorizando a criação das reservas federais. Mas, em janeiro deste ano, a Procuradoria Geral do Estado deu parecer contrário: a titular da Procuradoria do Meio Ambiente, Patrícia Petruccelli, recomendou que o governo federal iniciasse um processo de desapropriação da área, com consulta ao Congresso Nacional.

Em abril deste ano, a Procuradoria Geral Especializada do Ibama também se manifestou sobre o caso. O procurador-geral, Sebastião Azevedo, argumentou que, pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc), a desapropriação não era necessária. "Os decretos de criação das reservas extrativistas do Unini e do Arapixi são uma prova de que o governo federal respeita a vontade da base", declarou a secretária de Coordenação Amazônica do Ministério do Meio Ambiente, Muriel Saragoussi.

A secretária-executiva adjunta de Projetos Especiais da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, Rita Mesquita, lembrou que "o governo estadual sempre esteve favorável à criação dessas unidades de conservação". E que "havia um questionamento sobre qual esfera de criação seria mais apropriada, visto que as terras são estaduais".

Para a presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Boca do Acre, Luzia Santos da Silva, que também está participando da consulta pública do PAS, "com o decreto de criação da reserva, as pessoas que se diziam donas da terra não poderão mais sustentar essa mentira". Ela contou que "as famílias do Arapixi estavam sendo obrigadas a trabalhar com agricultura, porque os grileiros as impediam de entrar na área de coleta de castanha".

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Thaís Brianezi

 
 
 
 
 
 

 

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