18/06/2006
- Brasília - Segundo o presidente do
Comitê Eleitoral do Conama, Maurício
Galinkin, a missão dos integrantes
do Conselho Nacional do Meio Ambiente é
bastante "difícil e espinhosa",
na medida em que o conjunto das ONGs ambientalistas
do Brasil no Conama são apenas 11 votos
em 100.
"Elas são uma
minoria e, por isso, naturalmente, têm
de enfrentar questões muito difíceis.
Mas de toda forma, nós temos na história
do Conama uma representação
muito boa, muito combativa e que dialoga com
outros setores", disse, em entrevista
à Rádio Nacional .
Além da Oca e do
Instituto Centro de Vida, representantes da
região Centro-Oeste, outras nove entidades
foram escolhidas para ocupar as 11 vagas do
Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama)
destinadas às organizações
não-governamentais.
Na avaliação
de Maurício Galinkin, o grau de comprometimento
da sociedade civil com a causa ambiental no
Brasil vem crescendo muito. "A Conferência
Rio 92 aumentou bastante o grau de consciência
do povo brasileiro em relação
às questões ambientais. Mas
é claro que ainda precisa crescer.
Essa questão precisa ser enfrentada
com seriedade, com estudo, com conhecimento,
porque cada vez mais os cientistas mostram
que a ação humana está
transformando o ambiente do planeta Terra".
As instituições,
que segundo Galinkin farão parte do
Conama durante o período de dois anos,
renovável por mais um mandato, foram
escolhidas entre as 800 ONGs que fazem parte
do Cadastro Nacional de Entidades Ambientalistas
(CNEA).
No Nordeste, foram selecionados
o Grupo Ecológico Rio das Contas e
o Instituto Maranhense de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos. Na região
Norte, a Associação de Defesa
Étnico-Ambiental Kanindé e o
Grupo de Ação e Ecologia Novos
Curupiras. Na região Sul, a Associação
Caeté Cultura e Natureza e a Associação
de Proteção ao Meio Ambiente
de Cianorte foram as entidades escolhidas
para ocupar uma cadeira no Conama. Já
no Sudeste, as duas selecionadas foram a Associação
Mineira de Defesa do Meio Ambiente e a Associação
em Defesa da Qualidade de Vida, do Meio Ambiente
e do Patrimônio Histórico. A
vaga nacional ficou para o Instituto Ambiental
Vidágua.
O Conama é o órgão
consultivo e deliberativo do Sistema Nacional
do Meio Ambiente (Sisnama). Ele é responsável
pela formulação e aplicação
da Política Nacional do Meio Ambiente.
O conselho é representado por órgãos
federais, estaduais e municipais, pelo setor
empresarial e pela sociedade civil.
Presidente de ONG
que vai integrar Conama diz que priorizará
o cerrado
19/06/2006 - Brasília-
A Oca Brasil (Organização Cultural
e Ambiental) será uma das organizações
não-governamentais que vão,
pela primeira vez, ocupar uma cadeira no Conselho
Nacional do Meio Ambiente (Conama). O presidente
da OCA, Paulo Maluhy, disse que, no conselho,
a instituição quer contribuir
para implementar políticas públicas
que garantam, sobretudo, a conservação
e a preservação do cerrado brasileiro.
A Oca e o Instituto Centro de Vida foram as
duas entidades da região Centro-Oeste
escolhidas para integrar o Conama.
Segundo Maluhy, no Brasil,
ainda há muito por fazer para garantir
a preservação do cerrado. "Precisamos
discutir preservação de políticas
publicas e a incrementação de
políticas públicas para garantir
a conservação do cerrado – o
segundo grande bioma do Brasil", disse
o presidente da OCA, em entrevista à
Rádio Nacional.
Além da conservação
do bioma do cerrado, Paulo Maluhy disse que
a Organização Cultural e Ambiental,
dentro do Conama, também vai buscar
integrar as questões social e ambiental:
"A questão ambiental não
existe separada da questão social.
O grande desafio é como fazer uma sustentabilidade
da sociedade dentro do bioma para que possa
haver uma harmonia de desenvolvimento."
*Colaborou Luciana Vasconcelos.