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COMUNIDADES INDÍGENAS AUXILIARÃO NA RECOMPOSIÇÃO E MONITORAMENTO DA COBERTURA FLORESTAL DO PARANÁ

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Junho de 2006

26/06/2006 - O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues assinou, na última terça-feira (20), durante a Escola de Governo, convênios em parceria com a Secretaria Especial para Assuntos Estratégicos – para que as Comunidades indígenas passem a atuar na fiscalização dos remanescentes de araucária localizados em suas terras e aumentem os locais de plantio da araucária, através do Programa Mata Ciliar.

O secretário anunciou ainda, pela primeira vez na história, a inclusão de um representante indígena no Conselho Estadual do Meio Ambiente.

“Estamos buscando o apoio dos povos indígenas, que possuem relacionamento e conhecimentos tradicionais com o meio ambiente, para garantir a preservação dos remanescentes florestais do Paraná localizados em suas terras”, disse Rasca.

A “Brigada Indígena de Vigilância e Fiscalização Ambiental” terá início na área de Mangueirinha, que abriga um dos maiores remanescentes de araucária do planeta. A área total é de 17 mil hectares com aproximados nove mil hectares de floresta com araucária.

Serão indicados 14 indígenas e um coordenador para integrar a equipe de fiscalização, que atuarão em tempo integral no patrulhamento das divisas das áreas indígenas com propriedades rurais. O Programa prevê a implantação de três postos de vigilância fixos, veículo para fiscalização, kits contra incêndio e capacitação do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) em ações de fiscalização integrado com o Batalhão de Polícia Ambiental - Força Verde.

O secretário Especial para Assuntos Estratégicos, Nizan Pereira, disse que os índios devem ser responsáveis pela gestão territorial e fiscalização de suas terras. “Eles precisam estar preparados para agir na prática contra as agressões ambientais que atingem suas terras, no caso da madeira vinda de agentes corruptores externos”, relatou Nizan.

Para o cacique da reserva Indígena de Mangueirinha, Valdir Kokoj é muito importante que o governo ofereça estrutura e capacitação para que os índios possam cuidar das suas florestas.
“A nossa visão de natureza é de preservar e conservar e não de comercializar nossos recursos naturais”, disse Kokoj.

Mata Ciliar - As áreas indígenas do Paraná também serão beneficiadas, com a inclusão no Programa Mata Ciliar. O convenio assinado nesta terça-feira (20) prevê a capacitação dos índios, por técnicos do IAP e Emater para que possam plantar as mudas – prioritariamente de araucárias nas áreas prioritárias para recuperação nas margens dos rios que cortam as aldeias. As mudas serão fornecidas pelos viveiros do IAP próximos às comunidades e atividades de educação ambiental, voltadas a mata ciliar também farão parte do convenio.

O coordenador de Assuntos Indígenas, da Secretaria Especial para Assuntos Estratégicos, Edívio Battistelli, explicou que a implantação do Programa Mata Ciliar nas áreas indígenas é fundamental devido às agressões ocorridas na vegetação que protege os rios durante o período de expansão agrícola do Paraná. “Os não índios arredavam as terras indígenas ilegalmente para produzir grãos na região centro sul e café na região norte. Hoje, sobrou para eles a condição de recuperar as matas ciliares destruídas no passado com o apoio do governo”, informou Battistelli.

Segundo, Ivan Bribis Rodrigues, presidente do Conselho Indígena Estadual do Paraná, no momento, os índios pensam apenas no futuro de seus filhos e a qualidade da terra que eles herdarão. “Precisamos resgatar nossas florestas enquanto índios porque o desmatamento não representou uma manifestação da nossa vontade”, ressaltou Ivan.

Sobre a inclusão pioneira de um representante indígena no Conselho Estadual do Meio Ambiente, o secretário, Rasca Rodrigues, disse que a medida irá contribuir na elaboração e aprovação de propostas visando a proteção ambiental do Paraná.

“Iremos reformular o estatuto do Conselho, composto por representantes da iniciativa pública, privada e representantes de movimentos sociais para que os indígenas passem a integra-lo e tragam seus bons exemplos e ações em prol da natureza”, fortaleceu Rasca.

Carros – Para reforçar ainda mais a fiscalização nas regiões onde estão concentrados os remanescentes de floresta com Araucária, o secretário do Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, homologou procedimento licitatório para aquisição de 55 veículos que serão distribuídos entre os escritórios regionais do Instituto Ambiental do Paraná (IAP).

O procedimento, realizado via pregão eletrônico, foi orçado em cerca de R$ 1,94 milhão para a compra de 40 automóveis tipo Passeio, dez utilitários 4x4 e outros cinco veículos tipo Station. Os carros serão utilizados em atividades de monitoramento da floresta com araucária. Um dos veículos será repassado a brigada de fiscalização indígena.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná (www.pr.gov.br/meioambiente)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 
 
 

 

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