“Deixar livre o acusado de um crime tão
hediondo contra uma defensora dos direitos
humanos como foi irmã Dorothy deixa
também todos os outros defensores dos
direitos humanos na Amazônia cada vez
mais vulneráveis aos predadores da
floresta e da vida”, ela avalia.
Irmã Dorothy
A missionária norte-americana naturalizada
brasileira Dorothy Stang, 73 anos, foi assassinada
com seis tiros em Anapu, no Pará, no
dia 12 de fevereiro. Irmã Dorothy vivia
há mais de 30 anos na região
da Transamazônica e dedicou quase a
metade de sua vida a defender os direitos
de trabalhadores rurais contra os interesses
de fazendeiros e grileiros da região,
de forma absolutamente pacífica. Desde
1972, ela trabalhava com as comunidades rurais
de Anapu pelo direito à terra e por
um desenvolvimento sustentável, sem
destruição da floresta.