27/06/2006
- Recife – O Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) está mudando o sistema de concessão
de documentos para o transporte de produtos
de origem florestal. A idéia é
evitar fraudes e permitir uma fiscalização
mais eficiente.
Para debater as modificações,
o órgão realiza de hoje (27)
até quinta-feira um seminário
na sede da superintendência regional
em Recife, com empresários e representantes
de organizações não-governamentais.
O objetivo é incentivar a participação
desses setores na gestão do novo sistema.
Os participantes poderão apresentar
críticas e sugestões ao projeto,
que está previsto para entrar em operação
até 1º de agosto.
De acordo com o coordenador
de Monitoramento e Controle Florestal do Ibama,
Carlos Fabiano Cardoso, o novo sistema de
emissão de documento de origem florestal
(DOF) será totalmente informatizado.
O antigo, que liberava as
autorizações de transporte de
produtos florestais (ATPFs), era manual, o
que dava margem à falsificação.
Dados do instituto mostram que circulam por
ano no país um milhão de ATPFs,
sendo 40 mil por mês somente no estado
do Pará.
Cardoso conta que algumas
pessoas estavam usando as autorizações
para retirar madeira de forma ilegal. "Muita
gente aproveitava as autorizações
de manejo florestal e usava para explorar
áreas públicas e reservas protegidas.
Com o novo sistema, a gente vai trabalhar
os dados em tempo real, conseguindo um resultado
mais eficaz".
Segundo ele, as áreas
de maior exploração predatória
de madeira florestal - como o cedro, o mogno
e o cumaru - estão concentradas na
região amazônica, principalmente
no Pará, em Rondônia e no Acre.
Márcia Wonghon