Panorama
 
 
 

FUNAI: ASSUNTOS INDÍGENAS DA SEMANA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2006

Funai lamenta morte de ex-governador

07 de julho - O ex-governador do Estado de Mato Grosso Dante de Oliveira morreu ontem (06/07), aos 54 anos, por causa de uma infecção generalizada. Conhecido nacionalmente como um dos símbolos do movimento de 1984 das “Diretas Já”, pela abertura política no Brasil, Dante de Oliveira também teve um papel importante para as comunidades indígenas.

A criação do projeto Terceiro Grau Indígena, por exemplo, rendeu ao ex-governador uma homenagem, em junho deste ano, da primeira turma de professores indígenas formada em Ciências Sociais pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat). O projeto foi criado por Dante em 2001 e é coordenado pela Unemat, Secretaria Estadual de Educação, Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia, Fundação Nacional do Índio (Funai) e Prefeitura Municipal de Barra do Bugres (MT).

O modelo proposto no governo de Dante de Oliveira para a formação de professores indígenas em Mato Grosso foi copiado pelos Estados de Roraima, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Tocantins, Goiás, Paraíba e Acre. Hoje, o projeto atende 298 professores indígenas de 44 etnias e 11 Estados, totalizando 37 línguas faladas.

Governador de Mato Grosso por duas vezes, entre os anos de 1998 e 2002, Dante de Oliveira tinha longa experiência política. Começou sua carreira ainda jovem, em 1974, quando entrou para o MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro), grupo ligado ao MDB, partido de Ulisses Guimarães. Em 1984, levantou a bandeira das “Diretas Já” ao lado de grandes nomes da história nacional, como o do atual presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, Dante de Oliveira foi eleito prefeito de Cuiabá e deputado estadual e federal e nomeado como ministro da Reforma Agrária no governo José Sarney.

Comunidade indígena Fulni-ô deverá receber indenização da Chesf

07 de julho - O presidente da Funai, Mércio Gomes, recebeu na manhã da última quarta feira (05/07), cinco lideranças indígenas Fulni-ô, além do administrador da Funai em Recife, Manuel Barros. Na ocasião, eles apresentaram um acordo firmado entre a comunidade e a Companhia Hidroelétrica de São Francisco (Chesf) para utilização das terras indígenas até 2015. Em troca, a comunidade receberá cerca de R$ 3 milhões que poderão, de acordo com a decisão das lideranças, ser convertidos em projetos sociais dentro da comunidade. Segundo o líder Anastácio Barbosa, as linhas de transmissão de energia elétrica da Chesf passam por dentro da área Fulni-ô desde 1954.

A assessoria jurídica da Funai analisará o documento na próxima semana e formalizará a negociação entre as duas partes num contrato. “Uma das situações a ser analisada é se o repasse do dinheiro será individualmente ou por meio de uma associação”, explica o procurador geral da Funai, Luiz Fernando Villares.

Segundo o líder José Frederico da Silva, após a formalização do contrato a Chesf se comprometeu em repassar o dinheiro à comunidade num prazo de duas semanas.

ONU aprova Declaração Internacional

07 de julho - O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou, depois de mais de 20 anos de discussão, a Declaração sobre os Direitos dos Povos Indígenas (texto em espanhol). Entre os principais pontos, a ONU afirma o caráter universal de diversos direitos que devem ser adotados por todos os países membros, como direito à diferença, a ter um território, autonomia, multiculturalidade entre outros princípios gerais e diretrizes para a elaboração de leis. Poucos países, no entanto, assinaram embaixo o documento. A declaração precisa agora ser aprovada pela Assembléia Geral da ONU, em votação ainda sem data marcada.

Na sessão realizada em 29 de junho, no Conselho de Direitos Humanos da ONU, foram trinta votos a favor, dez abstenções, cinco ausências e dois votos contra, do Canadá e da Rússia. Exemplo internacional de respeito aos povos indígenas, com uma legislação ainda mais avançada do que a que estabelece o documento da ONU, o Brasil foi um dos países que lideram a negociação pela aprovação.

Na opinião de Mércio Pereira Gomes, presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), “a declaração é um documento que representa uma verdadeira ascensão dos povos indígenas na comunidade internacional, um status de povo que tem sido reprimido desde o início da expansão da civilização ocidental”.

Funai publica estudo de identificação de Sombrerito

05 de julho - A Fundação Nacional do Índio publicou nesta quarta-feira (05/07), no Diário Oficial da União, a aprovação dos estudos de identificação da Terra Indígena Sombrerito, da sociedade indígena Nhandéva, em Mato Grosso do Sul.

O presidente da Funai, Mércio Gomes, acolheu as conclusões do Relatório de Identificação, de autoria dos antropólogos Roberto Salviani e Ruth Henrique da Silva, respectivamente, coordenador e colaboradora do Grupo Técnico instituído pelo órgão para tratar do assunto.

Com uma superfície aproximada de 12.608 hectares, Sombrerito abrigará cerca de 206 indígenas, pertencentes à família lingüista Tupi-Guarani. Como quase todas as terras indígenas do Estado, Sombrerito também foi expropriada, principalmente a partir de 1910, para que fossem ocupadas por ervateiros do Brasil e do Paraguai e, sobretudo, pelas frentes coloniais vindas do sul do país, que passaram a implementar progressivamente a pecuária.

Para os antropólogos que identificaram Sombrerito, a argumentação enfática feita pelos índios de que são eles que pertencem à terra, e não o contrário, põe em evidência a importância de sua relação com o território para a compreensão da cosmologia e da organização social Nhandéva.

Índios Pataxó serão beneficiados pelo projeto de moradia da Funai


05 de julho - A comunidade indígena Pataxó, de Mata Medonha (BA), deverá ser contemplada ainda este ano com cerca de 33 casas pela ação Construção de Moradia para a Comunidade Indígena, que faz parte do Programa Identidade Étnica e Patrimônio Cultural dos Povos Indígenas, da Diretoria de Assistência da Funai.

A proposta foi discutida entre os dias 19 e 24 de junho entre as lideranças da comunidade e o coordenador da ação, João Gilberto da Silva Nogueira. Segundo ele, as obras terão início após o processo de licitação das obras, que poderá ocorrer até agosto. O objetivo da ação, segundo ele, é identificar comunidades indígenas em áreas ambientalmente degradadas e oferecer condições de moradia adequada.

Além dos Pataxó, outras quatro etnias (Kaingang, Guarani Kaiwá, Guarani M’biá e Karajá) são atendidas pelo projeto. O total previsto para execução do projeto é de R$ 7,9 milhões, garantidos até 2011 pelo Plano Plurianual (PPA) do Governo Federal. A ação Construção de Moradia para a Comunidade Indígena, da Funai, visa também incentivar outras propostas de órgãos federais e estaduais de investir recursos em habitações indígenas. “Nossa empreitada nos possibilita fazer mediações para conseguir maiores benefícios para as comunidades”, diz João Gilberto.

 
 

Fonte: Funai – Fundação Nacional do Índio (www.funai.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 
 
 

 

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