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IBAMA/MG RESPONDE JORNAL ESTADO DE MINAS SOBRE REBIO MATA ESCURA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2006

Considerações do Ibama/MG sobre conteúdo veiculado dia 25 de junho no jornal Estado de Minas a respeito da Rebio Mata Escura

Belo Horizonte (05/07/06) – Diferente do que foi veiculado no jornal Estado de Minas, o Ibama está sensível à situação das famílias que precisam ser retiradas da área da Reserva Biológica (Rebio) Mata Escura, tanto no sentido de rever limites na periferia da Unidade, como quanto à destinação dessas famílias.

A afirmativa, no jornal, de que não existe no município área para o assentamento dessas famílias é prematuro e sem base técnica. O Ibama está identificando áreas potenciais, aprofundando estudos nesse sentido e tem convicção de que conseguirá área suficiente para os assentamentos que forem necessários, inclusive podendo, em diversos casos, obter uma melhoria da qualidade de vida das famílias, oferecendo melhores perspectivas futuras.

O assentamento “Para Terra” encontra-se integralmente fora da área da Rebio Mata Escura, não havendo nenhum tipo de prejuízo para as famílias ali instaladas por conta da criação desta Unidade de Conservação. Apenas se tem buscado coibir a caça predatória, prática comum no assentamento, inclusive dizimando populações de primatas ameaçados de extinção.

Na verdade, a implementação da reserva biológica prevê, naturalmente, esforços no sentido de oferecer oportunidades para a população do entorno. Os números de escolas dentro da reserva, número de alunos matriculados, número da população rural de Jequitinhonha, bem como o percentual de produtos agrícolas que seriam produzidos dentro da área estão consideravelmente superestimados.

O escravo José Cláudio, fundador da comunidade Mumbuca não era “fugido”, mas sim um escravo liberto que adquiriu terras na região com dinheiro recebido de seu antigo senhor. Também não doou terras para a Igreja. Esse fato se deu posteriormente, quando herdeiros começaram a vender suas terras para particulares e a Igreja interferiu
sugerindo a doação.

Alguns moradores não concordaram e possuem, até hoje, seus lotes. O núcleo da comunidade quilombola se encontra fora da área da Rebio, bem como a grande maioria das famílias que compõem o quilombo, que foi reconhecido como tal apenas em 2004, por meio do instrumento de auto-reconhecimento emitido pela Fundação Palmares.

Ainda é necessário que seja realizado estudo antropológico para daí determinar a real área do território quilombola e em seguida sua demarcação. Em função da área atualmente utilizada pela comunidade, pode-se vislumbrar que grande parte desse pretenso território deverá corresponder a áreas que já não se encontram dentro dos limites da Rebio. O Ibama tem todo o interesse em preservar a cultura da comunidade quilombola, já bastante desvirtuada.

O Ibama não tem impedido as pessoas de trabalharem. As áreas de cultivo continuam sendo utilizadas, bem como a utilização de recursos naturais para atender às necessidades das propriedades, ou posses. Apenas não é permitida a retirada da floresta, inclusive não apenas em função da reserva biológica, mas também por conta do Decreto Federal no 1000/1993, que protege áreas remanescentes da Mata Atlântica, por conta da degradação que a mesma tem sofrido desde o descobrimento do país, a ponto de hoje restar pouco mais de 3% da área original, muitas vezes já alterada pela ação do homem.

A comunidade do Maranhão é composta na verdade por cerca de 50 famílias. Destas uma parte não tem perfil de agricultores, surgindo na cidade para aproveitarem a oportunidade de adquirir terras por preços irrisórios. Já foi realizada vistoria nas áreas potenciais para compensar aquelas que possivelmente serão perdidas na revisão dos limites. São áreas de considerável valor ecológico e com pequena ocupação humana.

As declarações creditadas ao chefe da Rebio Mata Escura foram retiradas de um contexto maior, passando a ter uma conotação diferente daquela inicialmente pretendida pelo servidor. Quanto à execução dos recursos da compensação, com tal recurso já foi realizada a contratação do estudo fundiário da reserva, fundamental para a tomada de decisões no presente momento de negociação.

O Plano de execução de recurso para custeio anual da Unidade já foi elaborado, estando pronto para ser executado tão logo se concretize o convênio com a Caixa Econômica Federal, que irá administrar os recursos, já pronto para ser assinado. Tal convênio permitirá a melhor utilização dos recursos, com vistas à seriedade que deve ser dada à utilização do dinheiro público.

O veículo citado na reportagem encontra-se em bom estado de conservação, atendendo satisfatoriamente os trabalhos da administração da Rebio. Constitui, na verdade, um avanço para a condução das atividades inerentes à reserva, até que seja feita a aquisição de veículo novo, já previsto e especificado no plano de execução de recurso anual de compensação.

Com relação ao contato com o Itapebi, a declaração do servidor foi distorcida, bem como não corresponde, em parte, com o que foi declarado. O contato direto da chefia da Rebio Mata Escura com a Itapebi é um avanço na gestão dos recursos, tornando sua utilização mais ágil e eficiente. Diferentemente do que foi colocado na reportagem, tal contato direto entre a Unidade e o Empreendedor tem sido muito produtivo.
Waldomiro de Paula Lopes
Chefe da Rebio Mata Escura
Ibama/MG

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom

 
 
 
 
 
 

 

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