João
Pessoa (13/07/06) - O levantamento dos dados
estatísticos relativos ao Monitoramento
da Atividade Pesqueira no Estado da Paraíba,
relativos ao ano de 2005, foi concluído
pelos analistas José Limeira e Sandra
Gueiros. Esta pesquisa vem sendo feita anualmente
desde 1976, com acompanhamento desta atividade
econômica pela Superintendência
do Ibama na Paraíba.
A pesquisa conta com a participação
de coletores de dados instalados nas seguintes
cidades litorâneas: Baía da Traição,
Cabedelo, Lucena, Várzea Nova, Pontinha
(Pitimbu) e Congaçari (Caaporã).
Esta atividade de controle estatístico
da atividades pesqueira marítima e
estuarina, vem sendo executada pelo Ibama
por meio do Projeto Estatpesca, com coordenação
do Centro de Pesquisas e Gestão de
Recursos Pesqueiros do Litoral Nordeste (Cepene).
Resultados - Os dados compilados
indicam que o total da produção
pesqueira marinha e estuarina do Estado da
Paraíba, no ano de 2005, foi estimada
em 2.555 toneladas, observando-se a elevada
participação dos peixes, que
representam 60,5% da produção
desembarcada, seguida dos crustáceos,
com 32,2%, e dos moluscos, com 7,3%.
Dessa produção,
765,7 toneladas são oriundas da frota
industrial, frota esta não controlada
pelo Projeto Estatpesca e cujos dados são
provenientes de informações
contidas nos mapas de bordo, disponibilizadas
pela SEAP-PR/PB.
Verificou-se também
que a produção desembarcada
na Paraíba em 2005 sofreu um decréscimo
em relação a 2004, na ordem
de 54,8 toneladas (2,1%), apesar do aumento
de 141,9 toneladas registrados no desembarque
de caranguejos nesse mesmo período.
Esta queda se deveu não só à
diminuição acentuada da produção
lagosteira, que passou de 669,8 toneladas,
em 2004, para 260,2 toneladas, em 2005, mas
ao massunim, que apresentou uma redução
na produção de 378,5 toneladas
entre 2004 e 2005.
Considerando-se o volume
da produção desembarcada, Pitimbu
foi o município que mais se destacou,
com 676,6 toneladas, representando, 26,5%
do Estado, enquanto Rio Tinto apresentou a
menor produção - 25,5 toneladas,
que correspondem a 1,0% do total.
De acordo com Ivan Coutinho
Ramos, Superintendente do Ibama na Paraíba,
os dados levantados também revelaram
que, apesar de se ter constatado diminuição
no desembarque da lagosta, tendo em vista
o alto preço que este produto alcança
no mercado, a lagosta foi a espécie
que gerou um maior volume de renda em 2005,
com R$ 5.658.922,00 representando 37,3% do
total, seguida do camarão, com R$1.439.107,70
(9,6%), e do caranguejo, com R$1.289.216,00
(8,6%).
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